Fotos: Thallita Oshiro e Bacellar IIIM, Jornalistas Livres
Juntar-se com quem luta por dias melhores é uma tarefa de coragem, que já foi mostrada em vários momentos da história do Brasil. Seja em 1968 ou em 2015 com as ocupações das escolas no país todo, junto com adultos, jovens e as crianças mostraram que só se vencem “batalhas”, com a luta das ruas e da ocupação de locais que causam incômodo para aqueles que ignoram as necessidades do povo.
Na manhã desta terça (20), crianças de 5, 6, e até 11 anos de idade estiveram em um importantíssimo ato na frente da Câmara Municipal de São Paulo, no centro da cidade, para apoiar junto com suas mães, pais e educadores, a greve de professores municipais que tem como pauta central o pedido da imediata retirada do Projeto de Lei nº 621/2016, que institui o Regime de Previdência Complementar/Sampaprev e aumenta a contribuição previdenciária dos servidores municipais de 11% para até 19%.
Quem teve o privilégio de estar hoje na rua, na porta da Câmara Municipal, sobrou ternura, amor e muita cidadania exercida pela crianças, diferentemente, da dura bravata ordenada por Doria, prefeito de SP e Milton Leite, presidente da Câmara, que na quarta (14), deixou muitos educadores feridos, por terem dito reprimidos com violência desmedida e proporcional durante uma manifestação que faziam contra o Projeto de Lei.
As crianças que estavam na frente do prédio, levaram leveza, diálogo, afeto, mas sobretudo, em cada olhar, em cada grito, deu pra perceber o quanto aquelas pequenas e pequenos sabem do que estão falando quando pegam um megafone e desabafam seus maiores desejo de vida no momento: “fora Doria”, “eu quero o fim da polícia militar”, “não quero que machuquem meus professores”, “quero mais brincadeiras na escola”, “quero que as aulas voltem”. Afinal de contas, criança não mente.
A presença da criançada é imprescindível pros dias duros que vivemos.
Viva a luta das crianças que trazem esperanças pra nossa mentes e sobretudo, que nos fazem mais capazes de enfrentar o próximo período!
