Jornalistas Livres

Categoria: mobilidade

  • Liberdade para o Rio Anhanguera

    Liberdade para o Rio Anhanguera

    Fotos: Heber Biella

    Entre os mais badalados escritórios da arquitetura brasileira como Metro e MMBB – que junto com Paulo Mendes da Rocha assinou o aclamado SESC 24 de Maio – uma ação direta não humana grita pelo nascimento de uma nova cidade: É o Rio Anhanguera que se exibe descaradamente em baixo de uma grossa camada de asfalto.

    O Rio Anhanguera não é coisa pouca. Nasce nos jardins do Palacete de Dona Veridiana Prado, mulher da mais fina bossa paulista. Foi amigo de índios e intelectuais de 22. Mas hoje anda com a via entupida por garrafas pets e outras coisitas de gente que o prefeitop milionário chama de “bem sucedida”.

    Por conta da origem nobre, suas florações fluvial e pluvial são sensíveis, vivem causando alagamentos e transtorno para prefeitura, revelando a irracionalidade dos nossos dias.

    Depois de muito lamentar seu destino de invisibilidade na megalópole dos sonhos do prefeitop, o Rio Anhanguera fincou morada no encontro das ruas General Jardim e Cesário Mota Junior e fez sua própria Revolução Cultural.

    Com as duas ruas fechadas, o Anhanguera esperto dribla há mais de três meses engenheiros que não acham seu “defeito” e, assim, a cratera foi crescendo tanto que agora ele corre livre alegrando todos que passam com suas memórias .

    Resultado, o quadrilátero que tem botecos em três pontas e literatura infantil na outra, virou um verdadeiro bulevar sem precisar de arquiteto chic nem nada. Ponto de encontro de famílias durante o dia e de boêmios madrugada a dentro, blocos de concreto viraram bancos para que os pobres mortais trabalhadores pudessem finalmente curtir um barulho de água limpa passando.

    Mas o prefeitop milionário não leva desaforo pra casa nem de personalidade, ao perceber a retomada do movimento transante do Anhanguera com o povo, morreu de inveja e fez com ele pior do que com o velho Goldman, rapidamente dispensou os funcionários públicos “que são muito lerdos”, terceirizou a obra e prometeu tampar a “vergonha” até domingo.

    Agora, o que todo mundo da Vila Buarque quer saber é se o Rio vai se conformar em ser prisioneiro do cimento ou vai se rebelar escandalizando a paulistada de novo.

  • PARA QUÊ CICLOVIAS?

    PARA QUÊ CICLOVIAS?

    São Paulo tem ciclovias demais? Ciclovias são perigosas? Não há ciclistas? Ciclovias atrapalham o trânsito? Ciclovias são coisa partidária? Blá Blá Blá…

    O vídeo MOBILIDADE LINDA foi produzido de forma colaborativa e voluntária por um grupo de ciclo-realizadores ativistas no melhor estilo shock doctrine e vem para esclarecer alguns preconceitos contra ciclovias que são disseminados diariamente por quem é contra a implantação dessas estruturas na cidade e que provavelmente nunca andou de bicicleta no trânsito!

    Ciclovias são importantes para a proteção à vida do ciclista e para o combate aos congestionamentos insanos da nossa cidade. MOBILIDADE LINDA propõe uma reflexão “mão na cabeça” para a atual #jestão da prefeitura e vereadores municipais que insistem em negar a bike como alternativa de transporte e mobilidade.

    O vídeo é uma resposta da sociedade às ameaças de retirada da infraestrutura já existente, grande contramão em relação a recomendações urbanísticas da ONU – Organização das Nações Unidas e desrespeito ao Plano Nacional de Mobilidade Urbana (lei federal nº12.587, 2012), diretrizes importantes para a criação de cidades mais sustentáveis e humanas.

    Pedalar não é só na Europa. Aqui também dá!