Jornalistas Livres

Categoria: Campinas

  • Campinas adota o uso obrigatório de máscaras em estabelecimentos de serviços essenciais

    Campinas adota o uso obrigatório de máscaras em estabelecimentos de serviços essenciais

    Campinas (SP) decretou hoje (15)  novas medidas de combate à pandemia de coronavírus. Entre as medidas que constam no decreto publicado pelo município está o uso obrigatório de máscaras de proteção.  Portanto, elas devem ser usadas em estabelecimentos considerados de serviço essencial e que estão abertos durante a quarentena. Além disso, os estabelecimentos podem impedir o atendimento aos clientes sem máscaras de proteção.

    Também constam no decretos as seguintes resoluções:

    • Promover a demarcação no solo, nos espaços destinados às filas de clientes em atendimento, para que permaneçam em espera a uma distância mínima de um metro, uns dos outros;
    • Limitar o número de clientes em atendimento, evitando a aglomeração de pessoas, fixando a permanência de no máximo duas pessoas por grupo familiar e limitando o uso do espaço dos estabelecimentos, destinado ao atendimento de clientes, a no máximo uma pessoa para cada cinco metros quadrados;
    • Recomenda-se aos serviços essenciais a instalação de barreiras físicas de vidro, acrílico ou similar, de modo que sejam eficientes na prevenção do Coronavírus .

    A ação tem o objetivo de impedir o avanço dos casos da Covid-19 no município. Segundo o Executivo, a fiscalização do uso das máscaras pelo próprio estabelecimento se estende também para clientes que estiverem nas filas.

    O decreto entra em vigor nesta quarta-feira (15), exceto o item que dispõe sobre o impedimento de atender clientes sem máscaras. Neste caso, a medida só passa a valer depois de sete dias após a publicação.

     

    Campinas no mapa da propagação da Covid-19 no estado de SP

    Campinas foi considerada uma das cidades mais suscetíveis no estado de São Paulo – além da capital paulista –  para a propagação do novo coronavírus, segundo estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) dos campi de Presidente Prudente e Botucatu.

    Os pesquisadores levaram em conta não apenas os números confirmados de pessoas infectadas, mas o risco de dispersão devido à influência econômica e social que a cidade exerce na região e a possibilidade de subnotificação.

    O estudo também  incluí os municípios de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Marília, Piracicaba, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Votuporanga.

    Campinas totaliza 138 registros de coronavírus, com 5 óbitos confirmados, 1.130 casos em investigação.

  • Ato em defesa da vida e dos direitos das mulheres aconteceu  em  Campinas (SP)

    Ato em defesa da vida e dos direitos das mulheres aconteceu em Campinas (SP)

    No sábado, 07 de março, centenas de pessoas  se reuniram em Campinas no Largo do Rosário para o ato do Dia Internacional da Mulher.  Durante parte da manhã  aconteceram  diversas  intervenções artísticas  chamando a atenção para o tema  do ato –  “Em Defesa da Vida de Todas as Mulheres” –  e as pautas do constante ataque e retrocesso do governo do presidente Bolsonaro (PSL)  que atingem diretamente as mulheres, principalmente as mais pobres, negras e periféricas.

    As vítimas de feminicídio foram lembradas e homenageadas, as  pautas como a reforma da Previdência Pública, o desmonte do SUS (Sistema Único de Saúde) e da Educação Pública, o ataque aos direitos das trabalhadoras e a democracia estiveram em evidência também durante o ato na praça.  Na sequência  mulheres, crianças e homens seguiram  em manifestação pacífica  pelas ruas do centro da cidade em defesa da democracia, da educação, da saúde, dos empregos, pelo fim do feminicídio e contra o desmonte das políticas sociais.
    Em  algumas cidades do interior paulista  os atos aconteceram no sábado para que as pessoas pudessem participar  do 8 de Março na capital, no domingo .

    #8M #8MCampinas

    fotos : Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres

     

  • Guilherme Estrella fala sobre o Pré-sal em palestra na Unicamp

    Guilherme Estrella fala sobre o Pré-sal em palestra na Unicamp

    ” Energia é questão de soberania ou dependência. O que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia”, apontou o geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, em palestra realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP.

     

    Na última terça-feira (5), a UNICAMP recebeu o Guilherme Estrella, geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras entre os anos de 2003 e 2012, é considerado o “Pai do Pré-Sal”, rótulo que rejeita, exaltando a equipe superqualificada com quem ele trabalhava. “Era como ser o técnico da seleção brasileira de 58. Só precisava fazer um pedido: ganhem o jogo”, disse.

    Estrella começou sua fala exaltando as qualidades naturais do Brasil: “Temos a maior floresta tropical do mundo. Somos o país mais bem servido de recursos hídricos. Os dois maiores aquíferos do mundo estão no Brasil. Temos uma produção agrícola que nos coloca como segundo maior produtor de alimentos do mundo. E também somos muito ricos em minérios, sendo a maior província mineral do planeta”.

    Em seguida, ele começa a demonstrar a relação do acesso a fontes de energia e desenvolvimento de Estados ao longo da história. Começando com a revolução industrial na Inglaterra, propiciada pelo acesso ao carvão mineral. Num segundo momento os EUA descobrem petróleo e em seguida se tornam potência mundial. Enquanto que a primeira fonte de energia do Brasil foi a eletricidade. Então já percebemos que nosso desenvolvimento foi tardio em relação a essas grandes nações.

    Então, devido a muita luta política chegou o fim a política café com leite com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Com ele construímos a Companhia Siderúrgica Nacional, a Eletrobrás e a Petrobrás, além de diversas outras empresas estatais. A partir de então, com um esforço 100% do Estado brasileiro, começamos a desenvolver tecnologias e entender a geologia do nosso país, o que muitos anos depois resultou no descobrimento do pré-sal, em 2006.

    No momento do descobrimento do pré-sal, nenhuma empresa queria assumir o risco exploratório de desenvolver estas áreas tão desafiadores. Quem assumiu esse risco foi a Petrobras. Foram instituídas duas formas de explorar e produzir o pré-sal: o regime de partilha, onde nas licitações promovidas pela ANP, a empresa vencedora será aquela que oferecer ao Estado brasileiro a maior parcela de petróleo e gás natural (ou seja, a maior parcela do excedente em óleo), e a Cessão Onerosa que é um contrato celebrado entre a Petrobrás e a União através do qual a empresa adquiriu pelo montante total de R$ 75 bilhões o direito de produzir um volume total de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente a partir de seis áreas onde a estatal já havia conduzido estudos exploratórios.

    Na quarta-feira (6) aconteceu o leilão do excedente da cessão onerosa. Considerando a descoberta posterior de volumes superiores ao limite do contrato, de cinco bilhões de barris, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a ANP a licitar esse excedente, no regime de partilha da produção, na Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa.

    O valor de R$ 106 bilhões inicialmente apresentado pelo governo como sendo algo maravilhoso não é bem assim. A rodada do “excedente da Cessão Onerosa” leiloará uma área que possui um volume de 6 a 15 bilhões de reservas provadas, ou seja, reservas com uma probabilidade de 90% de que serem produzidas. Nesse caso, praticamente não há risco exploratório. Portanto, estão entregando praticamente de graça uma das maiores riquezas do mundo. Enfático, Estrella disse que a energia não é mercadoria, é questão de soberania ou dependência. E o que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia.

    Das quatro áreas, duas foram concedidas, e pelo lance mínimo. Quem levou foi a própria Petrobrás, com a arrecadação de R$ 69,9 bilhões dos R$ 106 bil que o governo esperava arrecadar. Ontem (7), a Petrobras, também em sociedade com uma estatal chinesa, fechou o contrato por R$ 5,05 bilhões dos R$ 7,8 bi previstos.

    Para concluir a palestra, Estrella afirmou: “Nós, petroleiros, sozinhos, dificilmente enfrentaremos essa parada com perspectiva de êxito. Nós temos que ter a sociedade ao nosso lado. Temos que convencer o cidadão brasileiro que ele é proprietário disso. Quando você entrega o pré-sal, quando você vende uma refinaria brasileira, nós estamos vendendo uma riqueza que pertence ao cidadão brasileiro”.

     

    Assista à palestra “Território e energia: geologia do pré-sal e geopolítica do petróleo”, com Guilherme Estrella realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP

    https://youtu.be/8J3Z4uGW-RU

     

    Com informações:

    Geopetro – Coletivo de Geopolítica do Petróleo da Unicamp.

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    Twitter: @geopetrounicamp

  • Ministério Público Estadual de SP se manifesta favoravelmente ao Acampamento Marielle Vive

    Ministério Público Estadual de SP se manifesta favoravelmente ao Acampamento Marielle Vive

    O Ministério Público Estadual (MPE), através da Procuradoria Geral de Justiça, manifestou-se favorável ao efeito suspensivo da ação de reintegração de posse movida pela Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários onde hoje vivem as famílias do Acampamento Marielle Vive!, no município de Valinhos/SP.

    No dia 12 de agosto a juíza de primeira instância, Bianca Vasconcelos, sentenciou pelo despejo das famílias que desde o dia 14 de abril de 2018 vivem na área. Em caráter de urgência, a juíza estabeleceu 15 dias úteis para saída voluntária após publicação da decisão. O prazo se encerra no dia 09 de setembro de 2019.

    A manifestação do MPE é favorável ao efeito suspensivo para que seja julgada a apelação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE) que, conforme o documento, solicita a nulidade da sentença da juíza por considerar, entre outras coisas, o cerceamento da defesa do réu decorrente do atropelo do prazo para a defesa; houve ausência da delimitação precisa do objeto da ação; houve ausência de comprovação do exercício da posse pela fazenda Eldorado; em relação a “função social da posse exercida pelos requeridos e da perda da propriedade por abandono; e do papel do Município de Valinhos que deveria ser de garantidor do cumprimento da promoção da função social da propriedade” .

    Outra ação do Ministério Público foi entrar, através da Promotoria de Justiça de Valinhos, com um Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PAA) de Conflito Fundiário oficiando a Prefeitura a prestar esclarecimentos e informar quais ações serão realizadas para garantir os direitos sociais das famílias acampadas. Atualmente são cerca de 1000 famílias que não possuem local para onde ir em caso de despejo; maior parte desempregada e que serão jogadas na rua para passar fome. Segundo o MP, o município precisa garantir as condições para as famílias em caso de reintegração de posse, como “aluguel social”, inscrição em programas habitacionais, acompanhamento da assistência social para evitar o “caos social”, entre outras medidas.

    O PAA foi protocolado no dia 20 de agosto e a Prefeitura possui o prazo de 15 dias para responder ao MP.
    Além da ação da DPE, também está para análise do Tribunal de Justiça outro recurso de apelação protocolado pelos advogados representantes das famílias que argumenta pela nulidade do processo.

    A proposta do Movimento Sem Terra é construir um assentamento agroecológico para a produção de alimentos saudáveis, a ação do MP traz esperança às famílias sobre a possibilidade de ter esse sonho conquistado com a reversão do sentença de reintegração de posse. O projeto do assentamento contempla a preservação ambiental, solução de demandas sociais das famílias envolvidas e desenvolvimento regional.

    As famílias que vivem no Acampamento Marielle Vive! lutam pelo seu direito à terra, através da realização da Reforma Agrária em áreas improdutivas, como a Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários. Com muita organização interna o Acampamento possui produção de alimentos agroecológicos, não utiliza agrotóxicos, realiza plantios de árvores e ações de preservação ambiental na Serra dos Cocais.

     

    fonte: MST

     

    fotos:Fabiana Ribeiro

  • Campinas protesta contra a destruição ambiental

    Campinas protesta contra a destruição ambiental

    No sábado, 24 de agosto, centenas de pessoas se reuniram no Largo do Rosário, na cidade de Campinas, para o Ato em Defesa da Amazônia e contra  a desastrosa  política ambiental do Governo Bolsonaro (PSL).

    O ato em Campinas faz parte de um protesto nacional contra o incentivo à destruição de matas, reservas ambientais e das populações que vivem nessas áreas, promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que ao criticar as reservas ambientais e propôr as   revisão das leis e flexibilização da fiscalização dá poder aos ruralistas e latifundiários para que ataquem as áreas, como foi o “dia do fogo” no início desse mês.

    As nuvens negras que cobriram cidades  denunciavam  a gravidade do desastre
    A ação massiva dos ruralistas e latifundiários  consternou o país, quando grandes cidades do sul e do sudeste viram o dia  se tornar noite de repente com as imensas nuvens escuras causadas pela fumaça dos incêndios.

    Diversos dados meteorológicos de fontes confiáveis, como da NASA estadunidense, comprovam o aumento das queimadas na Amazônia e em diversas regiões do país, assim como a relação deste desequilíbrio ambiental com os efeitos climáticos no sul do Brasil.

    As queimadas aumentaram 82% no Brasil este ano em comparação com o mesmo período de 2018. Foram mais de 70 mil focos de incêndio entre janeiro e agosto registrados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no país. O Mato Grosso é o estado que lidera a lista, com mais de 13 mil incêndios.

    A região de Campinas corre a longos passos para o desastre ambiental

    No Ato em Defesa da Amazônia, além de protestos contra o incentivo à destruição do meio ambiente estimulado pelo governo Bolsonaro,  os manifestantes fizeram fortes criticas aos governos  estadual -do Governador Dória (PSDB) – e municipal – do prefeito Jonas Donizette (PSB) – que também estão promovendo ações de forte impacto ambiental na região.

    Campinas e as cidades da região também estão sofrendo constantes ataques ao meio ambiente.

    A construção de barragens na região, a aprovação de desmatamento da APA Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas que foi aprovado pela Câmara Municipal da cidade e, também a ação de despejo arbitrária do Acampamento Marielle Vive , em Valinhos, são ações  que vulnerabilizam as regiões o meio ambiente causando a devastação e o desastre ambiental.

     

  • Campinas (SP) teve o dia dedicado à defesa da Educação no #30M

    Campinas (SP) teve o dia dedicado à defesa da Educação no #30M

    No dia 30 de maio, quem passava pelo centro de Campinas (SP), pôde notar diversos jovens segurando cartazes conversando com a população, e também diversas atividades promovidas por pelos estudantes com o apoio de professores. Os cartazes abordavam questões relacionadas às áreas e disciplinas universitárias, e informavam sobre os campos das pesquisas. Dialogar, interagir e trazer conhecimento para a população sobre a produção acadêmica também é parte do processo de educação.

    #30M, #BrasilPelaEducação , Campinas | foto: Fabiana Ribeiro , Jornalistas Livres

    No calçadão da Rua 13 de Maio, em meio à concentração de lojas comerciais, um doutorando e estudantes do curso de Filosofia da Unicamp empunhava um cartaz onde se lia “Sabe o que é Filosofia? Quer saber?” e dialogava animadamente com as pessoas. Segundo Leonardo, que é doutorando do curso, “é importante esclarecer para as pessoas sobre o que a Filosofia pode influenciar direta ou indiretamente a vida das pessoas. Existem muitos preconceitos relacionados a filosofia e as ciências sociais e é importante desfazê-los”, disse.
    Dezenas de estudantes ocupavam a região com muito diálogo, intervenções artísticas e vontade de mostrar que a produção de conhecimento é importante para o país. Para Juliana, que faz licenciatura em Biologia “é importante trazer para a população o que é feito dentro das universidades e o quanto elas são importantes para o desenvolvimento do país. E é importante que não aconteçam cortes nos recursos destinados à educação, porque educação não é gasto. Educação é investimento, investir em Educação é investir no país”, acentuava.
    Por volta das 16h começou a ocupação do Largo do Rosário para o grande ato do 30 de maio, #BrasilPelaEducação contra a política obscurantista promovida pelo governo Bolsonaro, que em seu ódio ao conhecimento ataca a educação ao promover cortes no orçamento chamou de “contingenciamento”, provocando a balbúrdia de jogo de palavras na tentativa de tornar-se mais palatável e minimizar as críticas.

    Estudantes, professores, trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de estudantes, movimentos sociais e estudantis lotaram a praça. A Rua General Osório foi ocupada, assim como uma das faixas da Avenida Francisco Glicério, a principal da área central da cidade. O ato começou por volta das 17h30 e às 19h os manifestantes seguiram em passeata em protesto pelas ruas Francisco Glicério, Moraes Sales e Anchieta. Nem a chuva que ameaçou o início da passeata atrapalhou. Os manifestantes não recuaram e a chuva cessou. As ruas eram um verdadeiro mar de gente. A manifestação ocupou mais de 2 km de extensão, gerando uma estimativa de participação de cerca de 10 mil pessoas, conforme os organizadores.
    Durante o percurso, a manifestação recebeu apoio da população, que aplaudia a defesa da educação. Palavras de ordem contra o governo Bolsonaro e a favor da educação eram o tema principal, mas também havia protestos contra a Reforma da Previdência e contra as gestões do governador Doria e do prefeito Jonas Donizette.

    A manifestação de protesto seguiu pacífica até a prefeitura, onde foi encerrada. A heterogeneidade e a democracia marcaram a mobilização em Campinas. Pessoas das mais diferentes idades, de crianças a idosos, etnias, gênero e classe social compunham um pequeno recorte do que se sonha para o país; um local onde a beleza e a força está na diversidade que busca o bem comum para todos e todas que vivem aqui.

     

    Fotos: Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres