Rindo para não chorar

A semana em charges

Saudação humanos, saudações humanas! Rindo para não chorar na área; rufem os tambores, tamborilem os rumores (ok, isso não fez nenhum sentido, mas me deem um desconto, afinal hoje é domingo… E sim, estou de ressaca. É, de novo) que chegou aquele momento aguardado a semana inteira pelos mais refinados sommeliers de chorume noticioso e mais exigentes gourmets de sátira gráfica nacional! Bóra pras charges. Venga con nosotros!

Por Carapiá

Habemvs tits!

Roma nutriu Romulus e Remus. Já a Brechtiniana cadela que por hora parasita a Granja do Torto tem quatro rebentos pendurados em suas tetas: Flávius, Carluxus, Eduardus minimus e Renanus… Com que voracidade mamam os pequeninos!

Por Edu

Chicago boy O.G.

Segundo o neolibericída as coisas no Brasil vão muito bem, obrigado. É que, como todos nós sabemos, na cartilha caduca do Posto Ipiranga, pobre não entra na planilha e desenvolvimento está fora da equação.

Por Fraga

Padrão ouro

Gente a melhor parte do fim-da-corrupssaum™ é que agora pode ser pego em gravação com a boca na botija, lambrecado e lambuzado, que é tudo coisa de Deus! Oh glória! Que diferença dos tempos do PàTé, né não Miltão?

Por Villar

Acerte o seu aí que eu arredondo o meu aqui

O Brasil já teve grandes duplas de atacantes como Pelé e Coutinho ou Bebeto e Romário mas também antológicas duplas de zaga como Belini e Orlando ou Brito e Piazza… Porém nenhuma dupla é tão eficiente no ataque (à justiça) e na defesa (das patacoadas da gangue do Biroliro) quanto a dobradinha Lira-Aras! Quando um dá o bote o outro cobre na contenção, enquanto um infiltra o outro enfia na medida! Coisa linda de se ver! Bra-sil-sil-sil!!!

Por Aroeira

Sociedade protetora dos animais

alguém aí chame o PETA que esse chargista está difamando as antas!

Por Edu

Oração de São Ernulphus

Oh Senhor todo poderoso em alta glória que estás no Céu, do trono celeste de vossa sapientíssima e oniscientíssima suprema posição, esse humilde pecador vos suplica – Senhor – húmile e hirto na mais fremente e devotada fé, que fulmine – meu senhor – que fulmine com vossos poderosos raios e relâmpagos, calcinando e esturricando – da superfície da pele até a mais profunda e íntima porção da medula óssea – todos os pastores, pastoras, bispos, bispas, reverendos, reverendas, missionários e missionárias da Bancada Pentecostal-Evangélica do Congresso e Senado Nacionais da República Federativa do Brasil – Meu Senhor Pai! Amém.

A.M.D.G.

Por Geuvar

Viés de baixa

E enquanto o dólar cai em função das intrincadas jogadas geopolíticas em torno do teatro de guerra ucraniano, o glt, a gasolina, o diesel, o etanol, e a cesta básica e gêneros alimentícios em geral seguem na ionosfera. Alguém aí me faz um pix, please! Não aguento mais comer ovo!

Por Latuff

A próxima vítima

E segue a proxy war entre os grupos paramilitares ucranianos equipados pela Otan (por que a estrutura militar oficial mesmo já foi pro vinagre) e a exército russo. Na verdade, como até o Reino Monera já sabe, a Guerra é entre Rússia e Estados Unidos, um por auto-preservação e outro para tentar se manter como hegemon global. Porém, aparentemente, cada dia que passa parece mais que ambos os lados sairão perdedores nesse conflito. A Rússia cai na armadilha gestada a anos pelo Pentágono, fica isolada do ocidente e enfrentando sanções econômicas sem precedentes… Já os americanos acabam acelerando processos de integração entre potencias do Sul Global bastante complexos para sua posição de farol do Mundo, além de cada vez mais perderem softpower. A queda do dólar, contrariando o movimento de mercado das últimas décadas durante conflitos bélicos, demonstra grande perda de confiança por parte de investidores no, até então considerado grande porto seguro da grana mundial, o dólar e os títulos estadunidenses. Se por bem é fato que ambos os lados também tem ganhos; os norte-americanos tomam da Rússia grandes fatias do mercado europeu e o governo Putin se solidifica internamente utilizando a retórica do inimigo externo (factual nesse caso), no computo geral parece que a nação mais beneficiada com os atuais eventos fica mais ao Leste… Segue o jogo.

Por Jota Camelo

Jaws

Muita gente vem defendendo há tempos que a hipócrita posição de superioridade moral norte-americana, cultivada cientificamente por todo o século XX dos primórdios de Holliwood até os streamings e redes sociais contemporâneos, vem perdendo força diante de… Bem… Diante da inevitável constatação da realidade por parte dos povos oprimidos e assaltados pelos EUA. A novidade dessa semana foi ver essa análise sair da pena, não de um acadêmico ou jornalista esquerdista, mas de um alto funcionário da media corporativa ocidental… ” A América corre o risco de se deixar seduzir por sua própria mensagem de relações públicas”.

Por Cau Gomez

Comediante

Enquanto isso o fantoche dos EUA, ex-comediante e atual açougueiro de seu povo, Volodomir Zelensky segue fazendo bravatas em vez de acatar exigências razoáveis da Rússia, como a garantia de não-adesão à Otan e a consolidação do estatus neutro, e colocar fim a guerra… Realmente o Mundo perdeu um grande humorista quando os EUA resolveram enfiar esse sujeito na política… Eu sei que já postei esse link mas não irei descansar até que todo mundo veja essa dancinha aqui do presidente ucraniano…

Infowar

Você sabe o que é “infowar” – guerra informacional? Com a palavra o Coronel Richard Szafranski, da Força Aérea do Estados Unidos da América:
“O sistema alvo da guerra informacional pode incluir todo elemento da epistemologia de um adversário. Epistemologia significa toda a “organização, estrutura, método e fundamentação do conhecimento”. (…) Significa tudo que um organismo humano – um indivíduo ou um grupo – acreditam ser verdadeiro ou real, não importando se isso que é considerado verdadeiro ou real foi adquirido como um conhecimento ou uma crença. Em nível estratégico uma campanha de guerra informacional perfeita mira influenciar as escolhas do adversário, e consequentemente seu comportamento, sem que seu adversário se dê conta de que seu comportamento e suas escolhas estão sendo influenciadas. (…) Em Estados ou grupos de alta capacidade técnica, o alvo da guerra informacional é maravilhosamente vasto: Telecomunicações e telefonia, sensores espaciais, sistemas de retransmissão de comunicações, auxílios financeiros automatizados, sistema bancário e transações comerciais, sistemas de produção e distribuição de energia, sistemas culturais de todos os tipos; toda a gama de hardwares e softwares que constituem a maneira como o adversário processa conhecimento e tudo aquilo em que acredita. Sistemas de informação estratégicos em estados com alta capacidade tecnológica muitas vezes são espelhados em sistemas de nível operacional de igual complexidade. Tudo isso é vulnerável a ataques.”
E então, viu algo semelhante acontecendo ultimamente?

Por hoje é só, meus amores. Próximo domingo – ou quem sabe só no outro, ando meio relapso e atarefado ultimamente, mais relapso que atarefado, admito – tem mais! Isso se nenhum doido apertar o botão até lá! #euacredito! Besos y apapachos, adiós muchachos!

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