E-mails sem resposta da Pfizer são como um “deixa morrer” – Por Elisa Lucinda

Nina Simone: genial como artista e militante dos direitos civis no EUA
Nina Simone: genial como artista e militante dos direitos civis no EUA

Queria falar de amor, mas a realidade me pauta. “Cinquenta e três! Na investigação que estamos fazendo na CPI da Pandemia descobrimos que, na verdade, foram 53 e-mails da Pfizer que ficaram sem resposta

O último, datado em 2 de dezembro de 2020, é um e-mail desesperado da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil“ Senador @randolferodrigues via Twitter.

Isso não seria já a prova do crime? Na mão de um bom advogado o Estado teria que indenizar os familiares dessas vidas perdidas, no mínimo, eu penso. Por isso estou com Nina Simone, os artistas interpretam a realidade e as entregam ao coletivo –há muita responsabilidade nisso.

O que eu penso e faço, sei que pode influir, acrescentar, pode ser uma carta importante na interpretação da realidade, pode até mesmo provocar inquietudes, estou consciente do papel da arte na minha formação: livros, músicas, teatros, culinárias, poesias, foram e me são fundamentais na formação da minha subjetividade na leitura do mundo, a educação pela arte não acaba nunca.

A arte-educação é por si só um eficiente método, seu modo agradável de ser atrai e ensina sem a gente perceber e isso muito me interessa. Por isso não podemos ser levianos. Comparar Lula a Bolsonaro é um disparate. Um é de extrema-direita e não existe extrema-esquerda no Brasil. Não há ameaça comunista, isso é uma viagem sem pé nem cabeça.

Procure saber, estude o comunismo e suas distorções; onde é que ele virou ditadura e onde não. Em verdade, dizem que Jesus Cristo foi um dos primeiros ativistas da Reforma Agrária e um dos primeiros comunistas, ou seja, o buraco do mundo é mais embaixo. Na prática não existe isenção. O isento está agindo sendo isento. Omissão é ação. Produz consequências. Há muitas formas de isenção.

Observe bem, os e-mails foram mandados da Pfizer para os representantes do povo brasileiro a quem este mesmo povo confiou a administração geral do país. E o povo foi traído, seus servidores públicos não o serviram. Resultado: meio milhão de mortos.

Cinquenta e três e-mails não respondidos? Parece que alguém disse: “Deixa morrer. Não vou me meter”. Calar-se é não responder aos insistentes e-mails da esperança.

Leia Mais textos de Elisa Lucinda aqui:

ELISA LUCINDA: Cadê o futuro que estava aqui?

COMENTÁRIOS

2 respostas

  1. Maravilhosa ?nossa Capixaba Elisa Lucinda!
    Parabéns pela excelente reflexão……

  2. Maravilhosa ?nossa Capixaba Elisa Lucinda!
    Parabéns pela excelente reflexão……

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