UM POUCO DA GREVE EM MINAS

 

Minhas impressões sobre a greve dos caminhoneiros em Minas, depois de conversar com muitos deles, hoje, em Betim, na Grande Belo Horizonte, onde estão instaladas a refinaria Gabriel Passos e a fábrica da Fiat:

– Enquanto não houver uma redução significativa no preço do diesel eles continuarão parados, principalmente os autônomos. Não vai ser tropa do Exército que vai fazer com que voltem às rodovias. O movimento tem obtido solidariedade e apoio da sociedade. Isso é bem nítido de ser visto nos locais onde há concentração de caminhoneiros parados, das mais diferentes formas.

– O golpista Temer é o centro da revolta deles, por isso é sempre chamado de “corrupto” e “ladrão”. A TV Globo também é repudiada, finalmente, digo eu. Eles não permitem, por exemplo, que repórteres da emissora se aproximem, ao contrário do que vi, por exemplo, com a equipe da TV Record.

– Confirmando o que os caminhoneiros me disseram, não vi nenhum caminhão com gêneros alimentícios ou de primeira necessidade retido, muito menos os chamados ‘frigoríficos’. Mas nota-se, também, que eles não estão partindo de suas bases, talvez preventivamente. A ordem é liberar caminhões-tanque com combustíveis para aeroportos, empresas de ônibus, hospitais, polícia etc.

– A direita está aproveitando o movimento para tirar partido, usando, principalmente o lema “Intervenção militar”, mas isso, felizmente, não está sendo absorvido pelos discursos dos caminhoneiros. Em todos os locais que fui havia faixas pedindo “intervenção militar”, que são colocadas, parece, de forma oportunística pelo pessoal da direita.

– Todos os postos de Belo Horizonte e região metropolitana estão fechados por falta de combustíveis.

 

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