Márcia Tiburi, do PT: uma feminista para tirar o Rio de Janeiro da crise?

A feminista gaúcha Márcia Tiburi será a candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro pelo PT, partido ao qual se filiou em março deste ano, com ficha assinada pelo próprio ex-presidente Lula. Aos 48 anos, essa professora de filosofia, escritora e artista plástica, cujo rosto tornou-se popular quando ela integrou a bancada do programa “Saia Justa”, do canal GNT, traz como credenciais o combate intelectual corajoso contra as expressões fascistas representadas, entre outros, por Jair Bolsonaro e Kim Kataguiri. Márcia Tiburi convoca a inteligência popular e principalmente a das mulheres para resistir às respostas simplificadoras e sempre violentas oferecidas pelo fascismo.

Sem qualquer experiência administrativa, neófita na política institucional, embora sempre tenha se colocado como ente político, Márcia Tiburi tem como desafio mostrar-se capaz de ajudar o Estado do Rio de Janeiro a sair de uma de suas piores crises da História, materializada na falência da Segurança Pública, na morte de inocentes nas comunidades pobres, na crise financeira e fiscal gravíssima, na destruição das esperanças e da alegria populares. Sim, o Rio está mais triste.

A tais desafios, Marcia responde com a disponibilidade para a Política, para o diálogo, para a busca coletiva de soluções. “A gente já viu aonde nos levaram os que tinham muita experiência administrativa”, diz, referindo-se ao caos administrativo e humano no Estado. Nos 100 dias do assassinato de Marielle Franco, para o qual ainda não se fez Justiça, o estado que já foi governado por outro gaúcho (Leonel Brizola) chorava mais uma morte de criança, agora alvejada por tiro de fuzil militar disparado de helicóptero.

Estado natal de Bolsonaro e sede da TV Globo e seu conglomerado de manipulação, o Rio tem uma candidata feminista que não transige com atalho fácil. Ela é complexa, é inteligente, é desafiadora. Ainda bem. Assista à apresentação da entrevista que ela concedeu aos Jornalistas Livres:

COMENTÁRIOS

3 respostas

  1. Mais uma sem noção achando que administrar um estado é simples…basta ser feminista e ser contra o Bolsonaro (outro sem noção) e o Kim…. dá pena desse meu Brasil…

  2. O QUE MUDOU NA CABEÇA DE FACHIN, O DINHEIRO FARTO, AS BENESSES EXTRAVAGANTES, O PEQUENO PODER DE UM ALTO CARGO DO JUDICIÁRIO, OU A INFLUÊNCIA MALÉFICA DAS AMIZADES GOLPISTAS?
    • Fachin e a SÍDROME DO PEQUENO PODER
    https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_do_pequeno_poder
    A “Síndrome de porteiro”, ou “Síndrome do pequeno poder”, segundo a psicologia, é uma atitude de autoritarismo por parte de um indivíduo que, ao receber um poder, usa de forma absoluta e imperativa sem se preocupar com os problemas periféricos que possa vir a ocasionar.
    Segundo Saffioti, trata-se de um problema social e não individual, característica da nossa sociedade. Ela surge quando aquelas pessoas que não se contentam com sua pequena parcela de poder exorbitam sua autoridade.[1]
    Existe um provérbio iugoslavo[2] que diz “SE QUISER SABER COMO UMA PESSOA É, COLOQUE-A NUMA POSIÇÃO DE PODER”.
    • ‘Meu Amigo morreu’, diz advogado sobre Fachin.
    http://cartacampinas.com.br/2018/06/meu-amigo-morreu-diz-advogado-sobre-fachin-apos-barrar-votacao-de-hc-de-lula/
    • DISCURSO DE FACHIN EM APOIO A DILMA (OUT. 2014)
    https://youtu.be/7u0RKisHwhM

  3. Espero que não seja tão ingênua como vem se apresentando. Administrar um Estado não é simplório.

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