Foro de São Paulo: conheça a luta das mulheres latino-americanas

Secretaria geral do Morena, Citlalli Hernández, afirmou a Opera Mundi que o encontro do Foro em Brasília serve para compartilhar avanços e reforçar presença progressista feminista
Foto: Fernanda Forgerini

Aprofundar espaços políticos e coordenar forças para seguir lutando. Essa é a defesa das mulheres que vieram ao 26º encontro do Foro de São Paulo representar as delegações latino-americanas. No segundo dia do evento nesta sexta-feira (30/06), uma das mesas do dia foi o encontro de mulheres que debateram dois pontos: o enfrentamento à violência de gênero e a participação feminina na política. 

Por Fernanda Forgerini, da Opera Mundi

Para a mexicana Citlalli Hernández, secretária geral do Movimento Regeneração Nacional (MORENA), a articulação é um espaço “necessário” para que as distintas forças políticas da esquerda latino-americana possam se reunir e trocar iniciativas. 

Opera Mundi, Hernández disse que, desde o surgimento do Foro de São Paulo, na década de 90, os encontros da articulação é um lugar de “solidariedade e colaboração entre o campo progressista”, principalmente, para ela, neste momento em que há uma “ameaça neofascista”.

“O Foro de São Paulo também serve como um espaço para vermos que não estamos sozinhos”, afirmou ela.

E esse espaço também é sentido quando o assunto é das mulheres: “para falar de questões políticas e apontar as contradições que há na esquerda em relação às questões de gênero”, disse.

Segundo Hernández, nas reuniões com outras companheiras da América Latina são compartilhado os intercâmbios dos avanços que estão sendo realizados nos países da região: “temos grandes lutas para combater a visão patriarcal e do machismo”.

Nesse sentido de espaço de compartilhamento que o documento final da mesa com as representantes latino-americanas aponta a necessidade do retorno de uma comissão de mulheres no Foro de São Paulo. Isso por que, segundo as elas, são as mulheres “dignas herdeiras” daqueles que “tanto fizeram para a construção de uma região “livre, soberana e com respeito a autodeterminação dos povos”.

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