Fiéis criticam padre por citar Marielle Franco durante a homilia

Após um padre mencionar o nome de Marielle Franco, veareadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018, fiéis o ofendem e causam confusão

Em Jacareí, município no interior do estado de São Paulo, uma mulher interrompeu uma missa e discutiu com um padre após ele citar o nome de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, durante a homilia. 

Por Beatriz Pecinato

O caso ocorreu na Igreja João Batista, localizada no bairro de São João no último domingo 16/10. O padre, além de citar o nome de Marielle Franco, também falou do ambientalista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ambos assassinados em junho de 2022. 

Segundo o jornal “O Globo”, a mulher que interrompeu o padre disse que não queria ouvir falar de Marielle Franco por ela ser “homossexual” e por – supostamente – ter envolvimento com o tráfico de drogas. 

“O senhor não vai falar de Marielle Franco dentro da casa de Deus. O senhor não vai falar de Marielle Franco, uma homossexual, uma envolvida com o tráfico de drogas, o senhor não vai falar de Marielle Franco dentro da casa de Deus. Uma esquerdista do PSOL, uma homossexual, que quer a ideologia de gênero dentro da escola das crianças”, disse a mulher.

Ainda no vídeo, a pessoa que grava o acontecimento diz: “É uma falta de respeito com a igreja. Padre fazendo homilia e eles não souberam respeitar o horário mais sagrado da igreja, que é o horário da santa missa”

Outra mulher também questiona o padre sobre sua posição a respeito do aborto. 

O padre foi acusado de fazer política dentro da Igreja e de propagar ideologia de gênero.

Na filmagem, é possível ver a mulher em pé discutindo com outras pessoas.

Depois do acontecimento, a missa teve que ser suspensa. 

Esse não é o único ataque sofrido por padres. No dia 12 de outubro, durante uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Fazenda Rio Grande (PR), o padre que falava sobre Deus não estar do lado da violência foi interrompido por uma fiél, que o perguntou se ele era favorável ao aborto. 

Na ocasião, o padre disse: “o Deus da vida nunca vai pactuar com as forças da violência, nunca vai estar do lado daquele que prega o armamentismo, porque Deus é amor, solidariedade”. 

A mulher ainda o acusou de estar realizando propaganda do PT, e perguntou se ele era a favor da ideologia de gênero. Ambas as falas foram rebatidas pelo padre. 

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