Arregou! Tarcísio volta atrás da extinção da Secretaria de Segurança Pública

O carioca Tarcísio de Freitas volta atrás de decisão desastrosa e afirma que irá manter a Secretaria de Segurança Pública

O candidato carioca ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou uma possível dissolução da Secretaria de Segurança Pública (SSPSP). Anteriormente, Tarcísio havia cogitado extinguir a secretaria dar ao chefe da Polícia Civil e ao comandante da Polícia Militar status de secretários do governo – fato que havia sido confirmado por seus assessores. Contudo, uma hora depois da declaração de sua campanha, o candidato afirmou que não tinha inserido a medida em seu plano de governo. “Às vezes você está em um evento e diz: ‘vejo isso com bons olhos, vou analisar’. Não quer dizer que você tomou uma decisão”, afirmou.

Esse processo de reforma na segurança pública defendido previamente por Tarcísio já foi implementado no seu estado natal, o Rio de Janeiro, em 2019. O coronel reformado da PM de São Paulo, José Vicente da Silva, diz que a alteração “não tem permitido que a segurança do Rio evolua, inclusive em termos de qualidade de gestão, tecnologia e inteligência”. José destaca a necessidade de uma força militar integrada, para que o governador tenha anteparo em eventuais crises. O desmonte dessa secretaria no Rio também favoreceu o crescimento da milícia – que hoje ocupa metade do território do crime no RJ.

“A gente quer estruturar uma polícia que tenha independência, que consiga exercer seu papel de Polícia Judiciária, de fazer investigações e solucionar crimes. […] Pretendemos trabalhar com os policiais vocacionados, com bons policiais, colocar a Polícia Civil na mesma estrutura dos outros secretários. Isso vai ser fundamental para que a gente tenha essa independência”, disse Tarcísio de Freitas, durante uma visita à Associação dos Delegados de São Paulo, no final de maio.

Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, alerta que a extinção da secretaria vai “na contramão do que funciona na segurança pública do Brasil”. “Já há pouca integração concreta operacional de dados, por exemplo. Sem a secretaria, isso tende a ficar muito mais difícil porque, infelizmente, as polícias disputam muito entre si. Muito grave (essa possibilidade)”, diz a especialista. 

Agora o carioca muda seu discurso e afirma que não irá acabar com a SSPSP, mas não explicita se não dará cargos de secretários ao chefe da Polícia Civil e ao comandante da Polícia Militar. “Eu preciso do comandante-geral da PM e da direção-geral da Polícia Civil mais próximas do governador. Essa é a ideia. Mantendo a SSP [Segurança], mas com um ambiente de integração, ambiente de colaboração e com maior proximidade com o governo de estado”, colocou o candidato.

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