rec•tyty
rec•tyty. Nome sonhado por Papá Guarani, é fruto da junção entre a sigla ‘rec’, que pode tanto ser o ‘record’ das máquinas de imagens, como também ‘recordar’, no sentido da memória; e a palavra guarani ‘tyty’, que aos nossos ouvidos soa como tâ-tâ, guardando em si uma rede de significados: tanto a “poesia concreta” que dá nome ao batimento cardíaco quanto uma “metáfora” para a emoção, o calor humano, a pulsação dos afetos, a vida em seu movimento.
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O pulsar do coletivo costurado a partir do encontro de artistas visuais, fotógrafos, cineastas, músicos, pensadores e oficineiros. Um importante e significativo recorte da arte indígena produzida hoje em todo o território nacional se reúne, numa plataforma virtual, durante nove dias de abril. O festival rec.tyty foi idealizado pelo Instituto Maracá, com direção artística assinada por Anna Dantes, idealizadora da Dantes Editora e do Selvagem Ciclo de Estudos sobre a Vida, e curadoria de Ailton Krenak, Cristine Takuá, Carlos Papá, Naine Terena e Sandra Benites. As multilinguagens que aqui se encontram abrem espaço para que indígenas possam narrar e colorir as próprias histórias, mantendo vivas as heranças e tradições culturais. Além, claro, de fomentar toda uma produção artística, pronta para ser apreciada, valorizada e amplificada enquanto expressão de outras vozes, pensamentos e existências.
Além do acesso a obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas, os visitantes terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre algumas culturas indígenas, em suas tradições e contemporaneidades, por meio de um ciclo de conversas, que vão acontecer em parceria com o projeto Selvagem. Também será possível conhecer a primeira etapa do projeto Nhe´ẽry que, por meio de oficinas artísticas, vem promovendo a recriação de mapas da cidade e do litoral de São Paulo, a partir da perspectiva e da língua do povo Mbya-Guarani. O público terá ainda a chance de participar de encontros virtuais com convidados de quatro diferentes povos – , entre conversas e apresentações de cantos, danças, pinturas corporais, rituais, trajes que compõem sua identidade e expressão.
Ubiratã Suruí Richard Wera Mirim Kronun Kaingang Edgar Kanaykõ Xakriabá
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“Queremos com o rec.tyty trazer esse pulsar Nhe´ẽry como uma forma de nos reconectarmos, numa ação coletiva, em um diálogo com artistas que produzem pensamento. A arte é pensamento.”
Cristine Takuá
A realização de um festival virtual representa a oportunidade de seguir com o fortalecimento das artes e das culturas indígenas nos circuitos de arte e produção de conhecimento, como medida de enfrentamento prático ao isolamento físico que tanto afeta nossas dinâmicas afetivas e de sociabilidade.
rec•tyty é realizado através do PROAC Expresso Lei Aldir Blanc, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Kuaray Mirim Yara Ashaninka Fabiano Vera da Silva Guarani Mbya Edilene Yaka Huni Kuin
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Instituto Maracá
Inspirados pelos maracás dos mais de 200 povos indígenas no Brasil, a intenção do Instituto Maracá é fazer ressoar as vozes dos povos indígenas para o mundo, aproximando universos tão distantes e contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva.
Fundado por Cristine Takuá, Carlos Papá e Ailton Krenak.
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Plataformas de Veiculação
Site do Festival (galeria virtual)
Canal de Youtube do Instituto Maracá
Canal de Youtube do projeto Selvagem
Instagram/Facebook do Instituto Maracá
Salas de videoconferência do Zoom
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Composição da Galeria rec•tyty
Apresentações
- Djuena Tikuna
- Kunumi MC
- Oz Guarani
- Xondaro Kuery (Aldeia Pyau – Jaraguá)
Artes Visuais
- Aislan Pankararu
- Arissana Pataxó
- Denilson Baniwa
- Gustavo Caboco Wapixana
- Hukena Yawanawa
- Isael Maxakali
- Jaider Esbell
- Tamikuã Txihi
- Xadalu Tupã Jekupé
- Yaka Huni Kuin
Fotografia
- Aldo Guarani Kuaray Mirim
- Edgar Xakriabá
- Fabiano Verá da Silva Guarani Mbya
- Kamikia Kisedje
- Kronun Kaingang
- Richard Werá Mirim
- Ubiratã Suruí
- Vhera Poty Guarani Mbya
- Yara Ashaninka
Curtas
- Alberto Álvares Guarani Nhandeva
- Alexandre Werá
- Divino Xavante
- Genito Gomes Kaiowá (+ Coletivo de Diretores)
- Gilmar Kripuku Galache Terena
- Isaka Huni Kuin
- Patricia Ferreira Guarani Mbya
- Paulinho Bororo
- Renan Kisedje
- Sueli Maxakali
- Wewito Ashaninka
Oficina Nhe’ēry
- Aldeia Pyau – Jaraguá – São Paulo – Capital
- Aldeia Rio Silveira – Bertioga, São Paulo
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