TENSÃO! PM invade ocupação de estudantes no Centro Paula Souza

Os estudantes que ocupam o Centro Paula Souza, em São Paulo, foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira (02) pela Polícia Militar. A força tática invadiu o local e permaneceu em frente aos secundaristas. Segundo um estudante, a PM não apresentou nenhum documento de reintegração de posse, o que torna sua entrada na ocupação ilegal.

A decisão de invasão aconteceu depois da visita do secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, no CPS. Ele é cotado para fazer parte de um eventual governo Temer-Cunha.

Os temas da luta dos estudantes são o sucateamento da Educação em São Paulo arquitetado e realizado intencionalmente pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), o desvio das verbas da merenda escolar e a insubordinação do governador à decisão da Justiça que determinou, em dezembro de 2015, a suspensão do programa de fechamento de salas de aula e escolas – “reorganização escolar”.

802610558_82244_2670040111282406447

A ocupação é auto organizada e democrática, com deliberações realizadas em assembleias pelos estudantes e a organização de comissões, para melhor organizar o cotidiano dos ocupantes, como a de limpeza, segurança e comunicação.

No período da ocupação, os jovens têm acesso a documentos e informações aos quais não teriam acesso se não ocupassem; com isso buscam informações sobre o instituto, e sua gestão.

photo645545546528959097

O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) é uma autarquia do governo do estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia que administra as Escolas Técnicas Estaduais (ETEC) e as Faculdades de Tecnologia (FATEC).

COMENTÁRIOS

5 respostas

  1. Merecem apoio da populacao, sao jovens lutando pela educacao, pelo futuro. A presenca da policia sem negociacao do governo e ridicula, esses jovens tem uma pauta, eles querem discuti-la.

POSTS RELACIONADOS

Na frequência do ódio

Na frequência do ódio

O Café com Muriçoca, que passa a ser toda quinta-feira, reflete sobre a perseguição política e o cerceamento ideológico a quem rejeita a riqueza como estilo de vida aceitável.