Notas sobre a guerra: “loucura” de Putin não explica o conflito na Ucrânia
Nesta série de notas, o professor Reginaldo Nasser critica as análises simplificadoras e as saídas “fáceis”, além de fornecer dicas de livros para quem quiser saber mais
Subsecretária de Estado dos EUA admite que Ucrânia tem laboratórios que podem fazer armas biológicas
Confissão da neoconservadora Victoria Nuland lança luz sobre o papel dos EUA na Ucrânia e levanta questões vitais sobre instalações que poderiam produzir as armas de destruição em massa que os EUA mentiram existir no Iraque
Notas sobre a guerra: a invasão da Ucrânia repercute nos Bálcãs
A invasão da Ucrânia pelas tropas russas tem repercutido diretamente na região dos Bálcãs, que já viveu algo semelhante em 1999, quando a OTAN justificou empreender uma intervenção humanitária na Iugoslávia. Foram 78 dias de guerra com intenso bombardeio aéreo e, ainda que não tenha tido combatentes terrestres, a intervenção foi marcada pelo alto número […]
É ainda possível pensar com complexidade?
Como não bastasse a crise global causada pela pandemia, o mundo acaba de entrar numa nova e grave fase de deriva bélica, que o pode mergulhar numa crise ainda maior. A causa próxima deste agravamento é a invasão da Ucrânia. O autor da invasão é a Rússia, mas o seu autor remoto são os EUA, ao terem ignorado durante três décadas as preocupações russas quanto à sua segurança.
A construção de imaginários geopolíticos e o conflito Rússia Ucrânia
Nos últimos dias, as representações sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, na imprensa e nas redes sociais, nos forneceram exemplos emblemáticos a respeito de como determinados imaginários geopolíticos são construídos; ou seja, como formulamos nossas imagens mentais sobre outros países, povos, continentes, chefes de Estado e organizações supranacionais, distantes de nosso convívio.
Lênin estava errado?
Putin começa a guerra atacando exatamente Lênin e estes princípios. Seu móvel ideológico é a antiga grande Rússia Imperial e o chauvinismo russo, do qual Lênin era inimigo. Na Jabuticaba brasileira de hoje, leninistas abraçam Putin e não Lênin. Não a nenhuma guerra nacionalista de anexação, mesmo que a carência campista de alguns pinte esta guerra como “comunista”