Na última terça-feira (27), um bolsonarista ameaçou “dar um tiro” na cabeça de uma mulher que trabalhava na equipe de panfletagem de Carol Dartora, candidata a deputada federal pelo PT e primeira vereadora negra de Curitiba, no Paraná. O caso foi registrado por uma mulher que assistia ao acontecimento. O bolsonarista foi encaminhado para a delegacia.
No vídeo, a mulher que sofreu a ameaça relata que ofereceu um panfleto ao bolsonarista, que disse que daria um tiro na cara dela. Identificado como Ricardo Rosa, o autor das ameaças é médico ginecologista.
Segundo a própria candidata, o homem foi levado a delegacia e um boletim de ocorrência foi registrado.
Em seu Twitter, Carol Dartora prestou sua solidariedade ao ocorrido, e disse que espera que “as autoridades atuem com o rigor que a situação exige, para que casos como esse não se repitam e não se concretizem na forma de tragédia”.
“Sabemos que esse ódio é estimulado pela intolerância ao diferente e pelo inconformismo com os valores democráticos por parte de adeptos da ideologia do bolsonarismo. Querem nos amedrontar, nos impedir de exercer nossos direitos políticos, mas não terão êxito e daremos a nossa resposta nas urnas, no próximo dia 2 de outubro.” disse em tweet.
A semana pré-eleições não tem sido tranquilas, principalmente para apoiadores e militantes do PT. Ontem, um comitê de campanha do deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) foi atacado por um bolsonarista ao meio-dia desta terça-feira (27), em Novo Osasco.
Segundo o candidato, um homem, que se identificou como eleitor de Jair Bolsonaro, invadiu o local e disse que acabaria com o PT. Em seguida, destruiu materiais de campanha e agrediu a única apoiadora que estava no local.
Segundo um levantamento realizado pelo Brasil de Fato, pelo menos quatro ataques contra militantes foram realizados ontem (27). Os casos foram registrados em Curitiba (PR), Osasco (SP), Manaus (AM) e João Pessoa (PB).