É ainda possível pensar com complexidade?
Como não bastasse a crise global causada pela pandemia, o mundo acaba de entrar numa nova e grave fase de deriva bélica, que o pode mergulhar numa crise ainda maior. A causa próxima deste agravamento é a invasão da Ucrânia. O autor da invasão é a Rússia, mas o seu autor remoto são os EUA, ao terem ignorado durante três décadas as preocupações russas quanto à sua segurança.
Relações internacionais, análises maniqueístas e “opiniões prontas”
Francisco Fernandes Ladeira De acordo com um jargão acadêmico, bastante difundido, porém de autoria incerta, é muito difícil compreender a “história em marcha”, ou seja, “no calor do momento”. Isso significa que, na emoção dos acontecimentos, há uma forte tendência em realizarmos análises superficiais, descontextualizadas e sem avaliar diferentes pontos de vista e possibilidades (sobretudo […]
A construção de imaginários geopolíticos e o conflito Rússia Ucrânia
Nos últimos dias, as representações sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, na imprensa e nas redes sociais, nos forneceram exemplos emblemáticos a respeito de como determinados imaginários geopolíticos são construídos; ou seja, como formulamos nossas imagens mentais sobre outros países, povos, continentes, chefes de Estado e organizações supranacionais, distantes de nosso convívio.
Lênin estava errado?
Putin começa a guerra atacando exatamente Lênin e estes princípios. Seu móvel ideológico é a antiga grande Rússia Imperial e o chauvinismo russo, do qual Lênin era inimigo. Na Jabuticaba brasileira de hoje, leninistas abraçam Putin e não Lênin. Não a nenhuma guerra nacionalista de anexação, mesmo que a carência campista de alguns pinte esta guerra como “comunista”
Dependência da importação de fertilizantes da Rússia deixa governo brasileiro em situação delicada
Com fábricas fechadas e privatizadas, Brasil se torna dependente da importação de fertilizantes, necessários na produção de alimentos
Conflitos no Leste Europeu além das simplificações midiáticas
Se há algum ator geopolítico que não cumpriu as regras do jogo diplomático, ultrapassando limites, não foi a Rússia, mas a Otan.