Recorde em SP: 48 mil pessoas vivem nas ruas

Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que 48.261 pessoas viviam nas ruas em São Paulo no ano de 2022, sendo o maior já registrado na capital paulista. No Brasil são quase 192 mil pessoas em situação de rua registradas no CadÚnico.

Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que 48.261 pessoas viviam nas ruas em São Paulo no ano de 2022, sendo o maior já registrado na capital paulista.
O levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG), com dados do CadÚnico, foi obtido pela Globonews.
De acordo com o estudo, que levou em consideração apenas as pessoas que estavam registradas no Cadastro Único, a capital concentra 25% das pessoas em situação de rua de todo o país, enquanto o estado concentra 42% da população em situação de rua no país, ou seja, 4 em cada 10 pessoas em situação de rua no Brasil vivem no estado de São Paulo.
Segundo o coordenador do POLOS-UFMG, André Luiz Dias, entre 2012 e 2020 houve o crescimento das pessoas em situação de rua e também o fortalecimento do CadÚnico enquanto dispositivo de acesso a políticas públicas sociais no país.
No ano de 2012, eram 3.800 pessoas. Já em 2022 o número é 12 vezes maior, sendo o maior da série histórica.
No Brasil são quase 192 mil pessoas em situação de rua registradas no CadÚnico. Mas, segundo os especialistas, o número total está subnotificado. Estima-se que o número real seja cerca de 40% maior, e fique em torno de 300 mil pessoas

No ano de 2012, eram 3.800 pessoas. Já em 2022 o número é 12 vezes maior, sendo o maior da série histórica.

Em 2022, foram realizados mutirões de registros e o número voltou a ficar mais próximo da realidade. Ainda assim, estima-se que há um déficit nesse número. Isso porque o antigo Ministério da Cidadania, do governo Bolsonaro, estabeleceu um prazo para atualização desses cadastros. Como muitas pessoas não conseguiram realizá-lo, em grande parte por dificuldades no sistema, estima-se que mais de 21 mil registros foram excluídos no país somente entre outubro e novembro de 2022.

Do site: Observatório do terceiro setor

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