Pastor bolsonarista Silas Malafaia faz oração para sistema eleitoral travar

Líder evangélico bolsonarista, Silas Malafaia, diz torcer para que o sistema eleitoral trave caso ocorram fraudes
Jair Bolsonaro ao lado do pastor Silas Malafaia - Foto: Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro ao lado do pastor Silas Malafaia - Foto: Isac Nóbrega/PR

Neste domingo (4), durante um culto religioso, o pastor bolsonarista Silas Malafaia disse que ora para que o sistema eleitoral seja interrompido no dia da eleição. Malafaia, que desconfia das urnas eletrônicas, diz que caso o o sistema eleitoral seja fraudado, Jesus deve travar as urnas por oito horas. Em agosto, durante a Marcha de Jesus, o pastor já havia declarado que pedia em orações a paralisação das urnas em outubro.

“Então, qual é a minha oração? Eu estou orando e quero que você concorde. Eu disse lá na apoteose diante do da presidente da República. Se tentarem roubar essa eleição e fraudar, em nome de Jesus, esse sistema vai ser tarvado. Vai ficar travado por pelo menos 8 hora e ninguém vai conseguir destravar. Aí vai ter que ter uma outra eleição, essa é a minha oração. Nós te pedimos senhor, por pelo menos oito horas, para que a verdade se estabeleça. Espírito de encantamento de mentira e de engano caia por terra na nossa nação”. (Silas Malafaia)

Silas Malafaia em culto neste domingo (4)

Silas Malafaia é pastor protestante neopencostal brasileiro, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Ficou conhecido pelos seus ataques aos LGBTQs e pela defesa da pauta anti-aborto. Já foi aliado de Aécio Neves e agora é seguidor fiel de Jair Bolsonaro.

Uma das principais pautas dos apoiadores do governo é a defesa do voto impresso, já que alegam que o atual sistema é falho. Um clima de desconfiança, instaurado pelo presidente da República, questiona a validade do voto eletrônico. Da mesma forma que Silas Malafaia, Bolsonaro já atacou inúmeras vezes o processo eleitoral brasileiro.

Em reunião com 40 embaixadores, no mês de julho, o presidente chegou a dizer que possuía provas da ineficácia das urnas eletrônicas brasileiras. As provas, entretanto, eram trechos de um inquérito da Polícia Federal que foram desmentidos pela própria PF e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na sabatina do Jornal Nacional, William Bonner deu ênfase ao assunto. Perguntou repetidamente ao candidato se, caso não fosse eleito, respeitaria o resultado das urnas. Bolsonaro disse que respeitaria, mas com uma condição: desde que as eleições fossem limpas.

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