Itália pede a extradição de Robinho, ex-jogador, estuprador e apoiador de Jair Bolsonaro

Condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo, o bolsonarista Robinho possui um pedido de extradição para a Itália em seu nome

O Ministério da Justiça da Itália encaminhou as autoridades brasileiras um pedido de extradição do ex-jogador de futebol Robinho, apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Ex-jogador do time paulista Santos, Robinho foi condenado em todas as instâncias a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma mulher de 23 anos no ano de 2013. O crime, cometido em uma boate em Milão junto a seu amigo Ricardo Falco foi julgado de forma definitiva em janeiro deste ano, na Corte de Cassação de Roma – a equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.

A solicitação já havia sido feita em fevereiro pelo Ministério Público de Milão mas só agora foi encaminhada ao Ministério Exterior brasileiro. A informação foi divulgada pela agência italiana Ansa. De acordo com a Lei Nº 394, de 28 de abril de 1938 é proibida a “a extradição de brasileiros requisitada por Estado estrangeiro”. Contudo, caso Robinho decida sair do país, ele poderá ser encaminhado as autoridades italianas. Vale destacar que, além dos 9 anos de reclusão, o ex-jogador também foi condenado a pagar uma indenização de 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil).

Caso Robinho

Em janeiro de 2013, uma mulher de origem albanesa foi brutalmente violentada após ter sido dopada por seis homens depois de visitar uma boate em Milão, na Itália. Na época, Robinho morava na cidade e era um dos destaques do time italiano Associazione Calcio Milan. Ele foi um dos participantes do crime, ao lado de seu amigo Ricardo Falco e mais quatro brasileiros. O ex-jogador negou as acusações, afirmando apenas que manteve um relação sexual consensual com a jovem. No caso de Falco, uma perícia policial confirmou a presença de seu sêmen nas roupas da mulher.

Em seu julgamento, as juízas responsáveis pelo caso declararam que Robinho deteve de um “particular desprezo” com relação a vítima, além de ter apresentado uma “versão dos fatos falsa e previamente combinada”.

O estuprador e ex-jogador de futebol declarou na última sexta-feira (30/09) apoio a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, após publicar uma foto sua vestindo uma camiseta da seleção brasileira fazendo o número 22 com as mãos.

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