Bolsonarista Rodrigo Amorim vira réu após cometer violência contra mulher trans

O deputado Rodrigo Amorim xingou Benny Briolly, a vítima, de "aberração da natureza" e "boizebu"
Daniel Silveira (à esquerda) e Rodrigo Amorim (à direita) segurando placa quebrada em homenagem à Marielle Franco. Foto/Reprodução
Daniel Silveira (à esquerda) e Rodrigo Amorim (à direita) segurando placa quebrada em homenagem à Marielle Franco. Foto/Reprodução

O Tribunal Eleitoral Regional tornou réu o deputado Rodrigo Amorim, do (PTB), após cometer violência de gênero política contra Benny Briolly (PSOL). Em maio deste ano, durante uma sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado afirmou que a vítima do crime era um “vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos”, além de chamá-la de aberração da natureza” e “boizebu”.

Entretanto, mesmo após a decisão, Amorim ainda pode tentar se reeleger, já que o registro de sua candidatura aconteceu antes de ele se tornar réu. O crime cometido pelo deputado tem penas previstas entre 1 e 4 anos de prisão, além de multas. Se cometido virtualmente, a pena pode chegar até 6 anos,

Benny Briolly, eleita em 2020 com 4.358 votos, é a primeira vereadora trans do Rio de Janeiro, e enfrenta desde o início de seu mandato as dificuldades de ser mulher trans, negra e periférica. Em tweet publicado ontem (23), a vereadora comemorou a conquista, já que Rodrigo Amorim é o primeiro réu por violência política de gênero do país.

Benny Briolly, no Twitter, comemora dia histórico. Foto/Reprodução Twitter

Rodrigo Amorim ficou conhecido nas redes sociais por quebrar um cartaz que simulava a placa feita em homenagem a Marielle Franco, vereadora do PSL assassinada em 2018. Na época, o deputado alegou que se arrependeu do que fez, afirmando que ele e Daniel Silveira, deputado pelo PTB que também aparece na foto, sempre deixaram claro que a questão deles era com o Psol, não com Marielle

A violência política de gênero, crime cometido por Amorim, configura agressões a que mulheres estão expostas no ambiente político, que vão desde ataques físicos até ameaças, intimidações psicológicas, humilhações, perseguições e ofensas.

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