CineBaru chega a sua 5ª edição fortalecendo a produção cinematográfica no território baiangoneiro

Produções de MG, BA, GO e Distrito Federal são o foco da Mostra, que recebe inscrições até o dia 21 de março.
Foto: Bruno Graziano

Fortalecer a produção cinematográfica nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. Esse é um dos objetivos do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema, que chega a sua 5ª edição no próximo mês. O evento, que ocorre tradicionalmente no distrito de Sagarana, município de Arinos, no noroeste de Minas Gerais, acontecerá de forma online neste ano devido à pandemia da Covid-19. Apesar da impossibilidade do encontro, a Mostra segue trazendo um olhar sensível sobre o território baiangoneiro e o cinema no sertão-cerrado, sua diversidade, suas tradições, povos e lutas.

Foto: Maria Ribeiro

Desde o início, o CineBaru surgiu com a proposta de demarcar o distrito como espaço de relevância dentro do setor cinematográfico do país. “Sagarana é uma região de fronteira, entre Bahia, Minas, Goiás e Distrito Federal, mas tem pouquíssimos festivais de cinema independentes no entorno. Resolvemos criar uma ação cultural que vinculasse o cinema nessa região”, afirma uma das idealizadoras e produtoras do projeto, Isabella Atayde.

OCineBaru – Mostra Sagarana de Cinema é hoje o maior Festival de Cinema e Audiovisual do Noroeste de Minas Gerais. Segundo o idealizador e produtor da Mostra, Guidyon Augusto, há um movimento de retomada de festivais de arte, cultura e audiovisual que fogem dos grandes centros, proporcionando acessos à novas perspectivas para as populações e territórios. “O CineBaru está bem no meio dessa existência e resistência, dialogando da melhor forma que pode e buscando, pouco a pouco, incentivar as produções atreladas ao cinema independente nos sertões”, afirma.

A Mostra é marcada pelo diálogo entre o sertão e o mundo – e todos aqueles que ousam pisar as terras profundas desse território. Os momentos especiais são vários. Para o idealizador e produtor da Mostra, Rhaul Oliveira, a apropriação do festival pelas crianças do território é uma das imagens mais marcantes: “quando a gente começa a armar o campinho, que é o espaço de céu aberto onde a gente faz a mostra, as crianças começam a aparecer. Elas vêm de bicicleta, a pé, e começa a curiá. É muito bonitinho, o jeito que elas chegam, tomam esse espaço e ajudam a construir. O tanto que é bonito você ver esses menino aqui, parece os miguilim de Guimarães”.

Foto: Diana Campos

Inscrições abertas até o dia 21 de março

O CineBaru recebe inscrições de curtas-metragens de até 30 minutos até o dia 21 de março. As inscrições podem ser feitas em duas categorias: Mostra Sertãozin (infantojuvenil) e Mostra Competitiva Regional. Os filmes passarão por uma curadoria composta por integrantes da equipe do CineBaru e convidados externos. Após a seleção, os filmes estarão disponíveis ao público de forma gratuita entre os dias 28 de abril e 02 de maio por meio do site www.cinebaru.com.br. O formulário para inscrição e o texto com todos os requisitos podem ser acessados por meio do site da Mostra. Os idealizadores destacam que se somam ao movimento de combate às desigualdades e dedicam atenção especial a filmes dirigidos por mulheres, negras, negros, indígenas e LGBTQIA+.

Financiamento

Para custear a produção do CineBaru e fortalecer as ações em prol da democratização do cinema no território baiangoneiro, a mostra segue com a campanha de financiamento coletivo (acesse aqui).

O CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema também tem o apoio financeiro da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Governo Federal, via Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc – LAB.

Foto da capa: Bruno Graziano

Foto: Clément Villien

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