Em comício realizado na tarde desta sexta-feira (14/10), Jair Bolsonaro (PL) toma susto ao quase cair do palco onde discursava para apoiadores, por conta de uma instabilidade na sustentação da plataforma. O presidente cumpria agenda em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, quando o incidente ocorreu. No palco estavam amontoadas figuras políticas aliadas a Bolsonaro, como o senador reeleito pelo Rio de Janeiro, Romário (PL). Após o incidente, houve um empurra-empurra na plateia e na plataforma, mas não tiveram feridos.
Confira o vídeo do momento:
Na gravação, é possível ver o tenente-coronel Mauro Cid, um dos braços direitos do presidente, correndo para frente do palco após todos presentes se desequilibrarem, afastando as pessoas da ponta do palanque. A instabilidade ocorreu logo após Bolsonaro cumprimentar Romário. A confusão não se limitou a esse momento. Logo após Bolsonaro ter sido chamado no palco para discursar, houveram também empurrões entre os presentes na plataforma.
O evento em Duque de Caxias se deu início as 11h e contou com a presença não só de Romário, mas do governador reeleito do Rio, Claudio Castro (PL), o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), eleito deputado federal. Em seu discurso para apoiadores, Bolsonaro atacou o programa Bolsa Família e governos petistas anteriores. “Hoje, nós atendemos aos mais pobres com projeto social de verdade, não uma esmola como era o Bolsa Família. Hoje, os mais humildes, os mais pobres recebem no mínimo R$ 600. E vocês sabem por que conseguimos pagar isso? Porque no meu governo não tem corrupção“, disse o presidente.
Vale destacar que Bolsonaro reajustou o valor do programa Auxílio Brasil, sucessor do extinto Bolsa Família, as vésperas do primeiro turno e após a aprovação do Congresso Nacional. No orçamento apresentado para 2023, o presidente não inclui o aumento do auxílio de R$ 400 para R$ 600, o que rebate afirmações ditas por ele durante sua campanha para reeleição.
Bolsonaro também atacou o candidato a presidência Luis Inácio Lula da Silva (PT). Em discurso, ele declarou que “o ladrão não levou água para o Nordeste e agora está dizendo que vai dar picanha para o povo. Só acredita quem quer”. O presidente faz referência as obras de transposição do Rio São Francisco, que, embora concluído no governo Bolsonaro, foi iniciado e projetado no primeiro mandato de Lula, em 2005.