Gripezinha.
No ínicio de janeiro, já sabíamos a existência do coronavírus e fomos negligentes. Wuhan, epicentro do vírus na China, já nos alertava para o que poderia surgir desde novembro. Também ocorreram as primeiras mortes pelo vírus na França e na Itália, onde o Instituto Superior de Saúde (ISS) detectou o vírus no esgoto.
Abusamos em muitas ocasiões sem a preocupação que deveríamos ter. O carnaval não poderia ter acontecido e tantos outros grandes eventos. Precisamos notar nossa saúde pública e privada que começou a sobrecarregar de uma forma absurda UTI’s por todo Brasil.
Sem o menor cuidado, Bolsonaro seguia os passos de Trump, classificando como “gripezinha” um vírus que viria a matar centenas de milhares de pessoas por todo o planeta, tornando Brasil e Estados Unidos, os maiores focos da doença, além da China.
Demorou até todos começarem a perceber que o vírus não era brincadeira, tão pouco uma “gripezinha”, para tomarem providências. Comércio fechado, lojas falindo, ruas vazias. O medo das incertezas da Covid-19 passou por todos nós. Mas as comunidades resolveram se mover em prol dos moradores mais velhos e maisnovos. Como os @amigosdamolecada e suas dedetizações com voluntários, ações preventivas e doações de alimentos, o @unidosdeparaisopolis com ambulâncias particulares para atendimento exclusivo na comunidade, ou @instemilioribas promovendo ações sensíveis para seus gloriosos médicos.
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Minibio
A fotografia salvou a minha vida. Criado no meio de uma violência de bairros, vi desde criança injustiças e cliquei com a alma.
Nasci no dia 01/09/1991 em São Paulo, Capital. Meus pais trabalhavam com foto e vídeo, eventos e algumas imagens na TV e jornal. Me trouxe um olhar de denúncia, uma visão mais sensível do assunto abordado e comecei a trabalhar com fotografia ajudando meus pais durante eventos desde criança.
Me chamo André Lucas, sou fotojornalista desde 2013, paulista, fiz parte das principais agências de fotografia e conteúdo do país. Trabalhei em grandes coberturas de forma independente e também para veículos como Reuters, The Guardian, VICE, UOL, TeleSUR, Deutsche Presse Agentur.
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Conheça mais o trabalho do artista
Site: www.ancadre.com
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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, de quintal, de rua, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.
Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente