Estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, onde a mensalidade mínima é de R$ 1.317,00, trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp de apoio a Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal. Os estudantes ameaçaram agredir os apoiadores de Lula, candidato do Partido dos Trabalhadores, e um deles afirmou que levaria um fuzil em “nome de Bob Jeff”.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Mackenzie, por meio de uma articulação com alguns centros acadêmicos da Universidade, organiza uma manifestação a favor de Lula, que deve acontecer no fim da tarde desta sexta-feira (28/10). Em oposição à decisão do DCE, alguns estudantes criaram um Instagram e um grupo de WhatsApp chamado Mackenzie Verde e Amarelo, e planejaram uma manifestação por Bolsonaro para o mesmo dia. As mensagens violentas contra eleitores de Lula começaram pouco depois.
Um dos estudantes disse: “Quem derrubar mais petista, eu pago uma dose”. Um deles perguntou: “Pode ir armado?”. Outras frases no grupo foram “Tem que metralhar essa petralhada”; “Querem uma reedição da Batalha da Maria Antônia que rolou em 1968”. As mensagens começaram a circular na quinta-feira (27), e na noite do mesmo dia a instituição emitiu uma nota suspendendo as aulas, alegando que os prédios precisavam ser preparados para a eleição do segundo turno, que acontecerá no domingo, dia 30. Entretanto, no primeiro turno, a medida não havia sido adotada.
As manifestações pró-Lula e em apoio a Bolsonaro se mantiveram, mesmo com o cancelamento das aulas. O ato bolsonarista aconteceu na parte da manhã, na entrada do Mackenzie localizada na rua Maria Antônia, e teve baixa adesão, com poucos participantes. O ato lulista, na mesma rua, está marcado para começar às 19:00, e a concentração de manifestantes será no Prédio 25, às 18:30.