Filmado em Goiânia durante as manifestações de 7 de Setembro de 2021,o curta-metragem documental A Polifonia dos Corpos Insubmissos foi realizado por A Casa de Vidro em parceria com a Frente Ampla de Cultura e com apoio do movimento Fora Bolsonaro Goiás. A obra – realizada pelo cineasta Eduardo Carli, colaborador dos Jornalistas Livres – revela os agitos nas ruas de Goiânia durante o Grito dos Excluídos, em seu 27º ano, que contou com mobilizações em cerca de 200 cidades brasileiras, com a participação de cerca de 300.000 cidadãos (Fonte: Brasil de Fato).
Artistas performáticos da cidade – representando entidades como Coró de Pau, Bloco Não É Não e Feteg (dentre outros) – organizaram o Bloco Feminista Cultural e realizaram ações artístico-políticas de teor crítico ao desgoverno federal. Com fuzis de isopor que disparam flores, acompanhadas por batuques conectivos que nos fazem pulsar no mesmo ritmo, os manifestantes encenaram a derrocada do serial killer corrupto e ilegítimo que hoje ocupa o presidência e planejava no 7S fazer colapsar ainda mais a já tão golpeada democracia brasileira.
O curta também contem entrevistas com Cida Alves e Geovanna Castro, que propiciam ao espectador o acesso às vivências dos agentes culturais em tempos pandêmicos, revelando facetas de uma cultura de resistência e de uma arte politizada que transforma o luto em luta. Neste pluriverso humano se expressa a polifonia dos corpos insubmissos que dá nome ao filme.
Este contêm ainda em sua trilha sonora duas canções autorais criadas por artistas musicais contemporâneos aqui da Cena Cerrado: pela primeira vez, vem a público “Branco Brasil”, de Társia Chacon (interpretada na companhia de Adriel Vinícius), gravada no episódio piloto da série “Papo de Artista”, que A Casa de Vidro co-produz com o Coletivo Casa do Zoto). Além disso, relembramos a marchinha transgressora “Não É Não” do Bloco da Desconstrução Coletiva (uma composição de Diego Mascate e Terrorista da Palavra, outra produção d’A Casa de Vidro que você pode assistir o vídeo-clipe clickando aqui).
As obras fotográficas de Marcos Aleotti, Ângela Macário e Alex Almeida ‘Katira’ também integram o arsenal de imagens deste documentário que foi filmado e montado por Eduardo Carli de Moraes – atualmente, este também dirige o longa-metragem “Tsunami da Balbúrdia”, financiado com recursos da Lei Aldir Blanc Goiânia e com lançamento previsto para 2022 (www.acasadevidro.com/tsunamidabalburdia).
Nas falas públicas que o filme registra, temos ainda a presença de figuras como Mauro Rubem, Kelly Gonçalves, Rubens Otoni, Kátia Maria, Manu Jacob, Frei Marcos, Fátima Veloso, Ângela Cristina Ferreira, Célia Costa, dentre outros.
Ali representados, nas ruas insurgentes, estavam partidos (sobretudo PSOL, UP, PT), centrais sindicais (como a CTB e o Sindsaúde), ativistas de movimentos como MST, AMB, MTD, além da presença sempre tsunâmica de estudantes e servidores da educação. A este carnaval da multiplicidade somaram-se cidadãos de todas as idades para bradar contra o regime genocida e obscurantista encabeçado pelo Capitão Cloroquina e toda sua corja. São vozes plurais formando uma parada multicor contra o fascismo.
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