Projeto Genocida não tem limite ou localidade geográfica

O projeto de genocídio em curso que não se encontra apenas no Governo Federal. É parte de um modelo de Estado espalhado por todo o território nacional, inclusive nas prefeituras, com o apoio dos setores conservadores e da elite nacional e internacional. É nosso dever a unidade para garantir a resistência.
Foto: Filipe Araujo

Há um Projeto Genocida em curso em todo país, que não se define apenas pelo governo federal ou sobre a atuação dos ministérios e na relação congresso e governo. O projeto também se encontra no novo da política, na relação entre o discurso de que os empresários podem ser bons gestores públicos. O projeto genocida se encontra no convencimento de que a economia vale a vida, muito antes da Pandemia estar presente no nosso cotidiano.

O genocídio se encontra no convencimento da popular que acredita que é importante voltar às aulas e que crianças morrem estatisticamente menos do coronavirus e basta apenas vacinar os professores. Em uma sociedade com fome, muitos estudantes acreditam que estarem nas escolas é parte de um sentimento de proteção, assim como muitos familiares levam as crianças para o espaço escolar acreditando que terão mais tempo ao trabalho. Uma narrativa que não considera o papel de proteção social tendo a renda subsidiada. Que a população tem o direito de ser protegida e não ao contrário como se arriscar nos ônibus lotados para trazer comida no final do dia.

O projeto em curso, garante que é necessário cortar o ponto das professoras e professores que dizem que estarão em greve sanitária, problematizando que serviço essencial só existe se houver vida. No contraponto entre dar aulas presenciais ou por perder o ponto de trabalho e ficar sem o salário no final do mês como São Paulo e Belo Horizonte entre outras capitais. O mesmo modelo de governo que considera a vida já precarizada pela população em situação de rua como algo para ser menos investido, que pode e deve ser negligenciado, daquelas pessoas que não estão diretamente ligadas como população economicamente ativa. Que corta o Benefício de Prestação Continuada das pessoas com deficiência por atestar de forma fictícia a capacidade para o trabalho frente ao caos vivido nesta pandemia.

Porém este projeto que se encontra nos Governos Federal, Estaduais e Municipais tem como fonte intelectual o empresariado no poder. Não por acaso, tem todo o apoio das bancadas mais conservadoras de todos os tempos da política brasileira. A sustentação deste projeto está nos ruralistas, naqueles que fazem política com a bíblia na mão, naqueles autoritários que governam com o grito e não com a razão, naquela pessoa que não acredita na ciência.

O projeto de genocídio posto, relativiza o neoliberalismo e o neoconservadorismo. Acredita que privatizar faz bem e que não há outra saída para o Estado que não seja abrir mão do seu papel de mediador das relações sociais. A neutralidade dita no discurso conversador apresenta a face de quem continua, desde 1500 do lado das elites.

O que nos resta é lutar e resistir. Combinamos de não morrer, mesmo quando matam muitos dos nossos, lembra o poema!

*Leonardo Koury Martins é assistente social, professor e escritor.

Foto: Filipe Araujo

COMENTÁRIOS

3 respostas

  1. O povo brasileiro tem que enxergar a força que tem. O poder do voto tanto para eleger um governante quanto para tirar. Peço encarecidamente a todos os brasileiros que esqueçam partido político hoje a luta e a união é pela vida pelo amor ao familiar e ao próximo e juntos, unidos podemos mudar o rumo da história tirando do poder um presidente que não nos representa que não ama a vida diga sim a vida e juntos vamos fazer a escolha certa, Diga SIM “todos Vacinados contra Covid -19.

  2. Não podemos deixar cair no esquecimento o que este genocida fez e continua fazendo. Perdi pai e mãe para esse vírus que nunca foi uma gripezinha. Meu pai faleceu nós ia que tomaria a vacina, minha mãe foi vítima do hospital Precent Sênior, fizeram horrores com nossos amores, todos alinhados com esse genocida. Não perdi uma manifestação contra esse genocida. Jamais esqueceremos desde a falta de empatia até a negociação de 1 dólar por vacina desse desgoverno. Não podemos nos calar. Costumo dizer que meu luto, virou luta. Prometi que não me calaria e me posicionaria. Fui até o senado dar eu depoimento naquele dia em que deram espaço para as vítimas. Muitos chamaram a CPI de circo, mas para nós que perdemos nossos amores, foi muito importante. Embora até hoje está tudo engavetado, tenho esperança que vamos conseguir justiça.

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