Nesta quinta-feira (8), Steve Bannon, um dos estrategistas do ex-presidente Donald Trump, foi indiciado por seis crimes e se entregou às autoridades de Manhattan, em Nova York. Entre as acusações estão fraude, lavagem de dinheiro e conspiração. Os crimes são relacionados à arrecadação de doações para a construção do muro que separaria a fronteira entre Estados Unidos e México.
Por Thaís Helena Moraes
Bannon e três outros homens foram acusados, em 2020, de fraudar doadores em uma campanha de arrecadação de 25 milhões de dólares. A campanha, chamada “We Build the Wall” (Nós Construímos o Muro, em tradução livre), tinha o objetivo de arrecadar fundos para barrar a fronteira Estados Unidos-México. À época, o projeto gerou críticas intensas porque incentivou a perseguição a imigrantes, especialmente os latinos. Em 2018, ano que Trump foi eleito, dezenas de crianças nascidas nos EUA foram separadas de seus pais, deportados por serem imigrantes irregulares no país.
Há dois meses, o estrategista também foi condenado por desacato ao Congresso por desafiar uma intimação de um comitê da Câmara dos Deputados. O comitê investiga o atentado seguido de invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrido em 6 de janeiro de 2021. Além dele, a organização “We Build the Wall Inc.” também foi indiciada. Procuradores federais apontam que Bannon ajudou a estruturar a campanha e desviou até 1 milhão de dólares para “despesas pessoais”. Se for condenado à pena máxima, Bannon pode enfrentar até 15 anos de prisão.
Bannon foi acusado ainda em 2020, mas perdoado por Trump nos últimos dias de seu mandato. No entanto, o perdão é a nível federal; a nova acusação é estadual, conduzida pelo promotor público Alvin Bragg. A medida faz parte dos esforços de advogados de Manhattan para reverter perdões presidenciais que violaram leis federais. Segundo Bannon, as acusações são “nada mais do que um armamento político partidário do sistema de justiça criminal”.
Uma resposta
Tá faltando o golpista daqui do Brasil, aliás, a família toda.