Na semana do Dia Mundial de Luta Contra a Violência Contra as Profissionais do Sexo, foi lançado o belo minidoc “Entrevista a Mães de Trabalhadoras Sexuais, 1º Capítulo, Minha Mãe”, produzido em primeira pessoa pela diretora Olympia Loló.
Assista o filme aqui: https://www.youtube.com/watch?v=WuqRCPf4n_s
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Meu nome é Olympia
“Meu nome é Olympia, trabalho como garota de programa desde os 22 anos, tenho 34 anos. Vivo a violência da sociedade desde que comecei, a humilhação em todos os espaços e em todas as formas. Para mim tem sido um processo de muita luta e insistência da minha parte para que as pessoas ao meu redor e a população em geral entendam e vejam este trabalho como outro qualquer, como profissão.
Tenho observado que os órgãos governamentais, os órgãos de segurança do Estado, os meios de comunicação, as instituições de saúde, alguns setores dos serviços sociais e até alguns grupos aparentemente “humanitários” integram práticas discriminatórias constantes e quase protocolares que são um agravante em nossa situação. Por isso é importante que falemos e ninguém mais se refira ao nosso trabalho e que sejamos nós que dizemos e reivindicamos o que precisamos.
Já se passaram quatro anos desde que comecei no mundo da fotografia e produção audiovisual e agora baseio todos os meus conhecimentos e experiências para aumentar a consciência e remover o estigma que nos crucifica e fere tanto a comunidade de profissionais do sexo.
Entrevista a Mães de Trabalhadoras Sexuais, 1º Capítulo: MINHA MÃE
Essa entrevista que fiz com minha mãe significa muito para mim e ouso dizer que também para muitos dos meus colegas é necessário que nossos familiares e aliados se posicionem em nossa luta. Espero tocar a consciência e o coração de muitas pessoas para que possam compreender que o que fazemos não é nada sério.”
Créditos do video:
Musica original: Nico Romero
Realizadora Audiovisual: Olympia Loló
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Trabalhadoras do Sexo: Ativismo e luta
Em nota, a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e o Observatório Sexualidade e Política (SPW, sigla em inglês) – este último secretariado pela ABIA – têm apoiado o ativismo intenso das organizações de trabalhadoras do sexo no mundo e no Brasil em nome da descriminalização da prostituição. No ano de 2013, a ABIA publicou junto com a Davida um relatório sobre um estudo realizado sobre contextos de prostituição em termos de direitos humanos e políticas públicas no Brasil. Já naquela época, o relatório apontava o silêncio em relação à prostituição em diversas esferas federais e a falta de políticas baseadas na promoção de direitos das mesmas.
Continuando, a ABIA diz: “Em um mundo em ebulição, no qual discursos de ódio, misóginos, dogmáticos e criminalizantes florescem e ocupam crescentemente espaços institucionais e de tomada de decisão, o momento é propício para a articulação de frentes de resistência que reúnam não só prostitutas, mas todas as camadas marginalizadas e movimentos sociais cujos direitos em disputa são atacados em bloco, em todas as partes do mundo. A campanha desta semana, em favor da descriminalização, mostra o vigor e a importância da resistência de organizações das trabalhadoras do sexo, de prostitutas e aliadas. A campanha da Rede Internacional de Profissionais do Sexo #arewenotwomen é um exemplo de iniciativa que abrange e inclui diversos movimentos (neste caso, o movimento de mulheres e de profissionais do sexo) para juntar a lutar por seus direitos em horizontes cada vez mais difíceis.
Para ler essa nota completa, acesse http://abiaids.org.br/dia-mundial-de-luta-contra-violencia-contra-as-profissionais-do-sexo-1712/29697
Fotos: Olympia Loló
Uma resposta
Assunto super relevante. Essa é uma parte da sociedade muito marginalizada e precisa de toda a voz e apoio que conseguir. Achei um texto bem legal sobre segurança de profissionais do sexo que casa bem com esse artigo: https://www.vivalocal.com/blog/como-se-manter-em-seguranca-como-profissional-do-sexo/
Parabén pela escolha do assunto.