Por que eles querem tomar o poder: Minha Casa, Minha Vida

Fotomontagem de Joana Brasileiro sobre imagens de Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/fotospublicas e Valter Campanato/Agência Brasil/fotospublicas.

As classes dirigentes brasileiras não têm a tradição de cuidar das pessoas de renda mais baixa. As riquezas do país e os recursos dos governos sempre foram direcionados a um pequeno grupo que comandava a polítca e a economia. Para que serve o desenvolvimento econômico e o crescimento do país se apenas uma pequena parte de sua população é beneficiada?

A população brasileira, com seus movimentos sociais e seus votos, elegeu um Congresso que aprovou a Constituição de 1988 e elegeu os governos de Lula e Dilma, que passaram a direcionar uma pequena parte da atenção e dos recursos para os mais pobres. Toda essa movimentção política que assistimos hoje é a reação de quem quer acabar com esses direitos. O objetivo não é derrubar Dilma e Lula, o objetivo é derrubar os direitos que os brasileiros foram conquistando nesses últimos anos.

Você sabia que Michel Temer e o PMDB já estão divulgando seu plano econômico para depois que conseguirem (se conseguirem) derrubar a presidenta Dilma? Sabe o que eles falam do programa Minha Casa, Minha Vida?

Esse programa investe na construção de casas para a população de renda mais baixa e cobra uma prestação das famílias muito menor do que num financiamento comum. Explicando melhor, uma parte do dinheiro que o governo administra é usada para que muitas famílias consigam comprar sua casa própria. Nesse programa já foram entregues 2 milhões e 600 mil casas. Como as famílias têm geralmente quatro pessoas, podemos dizer que mais de 10 milhões de pessoas já estão morando em suas casas próprias e pagando uma prestação que cabe no seu salário.

Mas o benefício com a construção de casas não vai somente para as famílias que vão morar nelas. Na construção existem os empregados que lá trabalham, recebem salários e compram alimentos e outro bens, ajudando a economia a rodar. A casa precisa de cimento, tijolos, ferro, vidros portas, janelas, louças, torneiras, fios elétricos e muitos outros itens que precisam ser comprados das indústrias que os produzem. E quando a casa fica pronta é preciso mobiliá-la. Desse modo. o dinheiro da construção e da mobília das casas rodando na economia ajuda a economia do país crescer.

Ilustração por Joana Brasileiro
Ilustração por Joana Brasileiro

O que querem fazer com o Minha Casa, Minha Vida?

Moreira Franco, um dos dirigentes do PMDB que está divulgando o plano econômico para o dia seguinte do golpe disse para o jornal Estado de São Paulo que: “já há consenso que é preciso rever subsídios. Um deles é o uso do FGTS, a fundo perdido, para financiar o programa Minha Casa, Minha Vida”.

Isso significa corte de dinheiro para o programa Minha Casa, Minha Vida. “rever subsídios” é o jeito de dizer para poucos entenderem que querem haverá menos recursos para construir e financiar casas para as pessoas com renda mais baixa.

Com Dilma o Minha Casa, Minha Vida deve construir mais dois milhões de casa no próximos anos. Sem Dilma, tudo volta ao passado em que o bolo era dividido somente entre os ricos.

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