A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um pacote com 12 projetos de lei voltados para o combate do coronavírus do estado na última terça-feira (28). O presidente da Casa, deputado estadual André Ciciliano (PT), buscou consensos entre os deputados e deputadas. O processo rendeu vitórias para o campo progressista no Rio e deve garantir leis emergenciais para populações vulneráveis.
Uma das articuladoras das aprovações destes projetos foi a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL), que viabilizou consensos e assinou projetos em coautoria. “A aprovação dos projetos foi um esforço coletivo necessário visando auxiliar à população neste tempo de pandemia mundial da saúde”, disse a deputada que também é presidenta da Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Alerj.
Esse sentimento coletivo de atuação para o combate de pandemia que assola o Brasil, vai na contramão do governo federal. Recentemente o presidente Jair Bolsonaro demonstrou pouca preocupação com as mortes que não param de aumentar. “”E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva.
Deputadas e deputados articulam consenso em projetos de leis para enfrentar Coronavírus no RJ / Foto: Divulgação Alerj
Uma dos projetos aprovados cria o programa de atenção às populações vulneráveis durante emergências sanitárias causadas por epidemias (PL 2019/20). O texto regulamenta um auxílio emergencial ás pessoas que não tenham nenhuma cobertura previdenciária, destina uma bolsa alimentação aos trabalhadores informais que tiveram sua renda afetada; assim como determina que o governo amplie o acesso da população em situação de rua aos restaurantes populares, ou a alimentação em embalagens descartáveis; cria ferramentas para a impedir a aplicação de preços abusivos pelos estabelecimentos comerciais; regulamenta que locais de atendimento ao público ofereça meios de higienização para conter a disseminação do vírus; além de criar ações de proteção de acordo com a realidade de cada um, a exemplo de microempresários individuais e alunos da rede pública que ficaram sem acesso a alimentação
Todos os projetos serão encaminhados ao governador Wilson Witzel, que terá até 15 dias úteis para sancionar ou vetar (integralmente ou de forma parcial) as medidas.