A coluna dia a dia do desgoverno aponta os cortes de R$ 3,8 bilhões ou -21% no ministério da justiça e segurança pública. Analisa matéria sobre o auditória no BNDES que custou R$ 48 milhões e seis milhões por página e apontou a inexistência da caixa preta. Os R$ 48 milhões é preço da ignorância dos fakes news difundidas na campanha eleitoral.
Comenta as novidades do caso da Secom e do MP de contas pedindo para paralisar as contratações de militares no INSS.
O orçamento para 2019 do ministério da justiça e segurança pública era de R$ 17,7 bilhões e para 2020 o valor é de R$ 13,9 bilhões, corte de R$ 3,8 bilhões ou -21,6%.
O maior corte é no gasto com pessoal no valor de R$ 3,35 bilhões (-30%), seguido do custeio com R$ 319 milhões (-8,94%) e investimentos- obras e equipamentos permanentes- menos R$ 80,9 milhões ou -4,2%.
2019
2020
Variação
Variação
Ministério da Justiça e Segurança Pública
17.743.380.473
13.909.243.687
-3.834.136.786
-21,61%
Pessoal e Encargos Sociais
11.025.498.640
7.675.713.419
-3.349.785.221
-30,38%
Outras Despesas Correntes
3.569.362.015
3.250.174.948
-319.187.067
-8,94%
Investimentos
1.936.936.986
1.855.971.487
-80.965.499
-4,18%
Inversões Financeiras
2.000.000
8.080.293
6.080.293
304,01%
9 Reserva de Contingência
1.209.582.832
1.119.303.540
-90.279.292
-7,46%
Por unidade orçamentária destaco o corte de R$ 21 milhões no arquivo nacional, de R$ 966 milhões na Policia Rodoviária Federal.
A área de segurança pública sofre cortes na polícia federal R$ 2,29 bilhões, fundo penitenciário nacional de R$ 45,2 milhões, fundo nacional de Segurança Pública de R$ 234 milhões e do fundo nacional antidrogas –50%. Esses cortes contradizem o discurso do ministro da injustiça e do des-presidente de melhorar e aportar mais recursos na segurança pública.Estes dois atores políticos surfam no trabalhadores dos governadores, especialmente do nordeste, que tem feito políticas para diminuir a criminalidade.
Ainda destaco corte de R$ 117 milhões ou -19,2% na Fundação Nacional do Índio –FUNAI.Isto causa preocupação diante da violência que as comunidades indígenas vem sofrendo e que podem aumentar com a regulamentação do garimpo em terras dos índios, como pretende propor o desgoverno.
O CADE que combate cartéis como da Alston e da Siemens no governo paulista e desta forma combate a corrupção teve seu orçamento igualado ao ano anterior, e desta forma como a inflação foi de 4,31%, o CADE perde recursos de aproximadamente R$ 2,36 milhões.
Justiça e segurança pública
2019
2020
Variação
Variação
30101 – Ministério da Justiça e Segurança Pública – Administração Direta
1.511.729.182
1.445.328.810
-66.400.372
-4,39%
30103 – Arquivo Nacional
115.887.285
94.178.876
-21.708.409
-18,73%
30107 – Departamento de Polícia Rodoviária Federal
4.879.597.106
3.913.289.781
-966.307.325
-19,80%
30108 – Departamento de Polícia Federal
7.612.308.637
5.315.670.610
-2.296.638.027
-30,17%
Fundação Nacional do Índio – FUNAI
613.373.542
495.642.410
-117.731.132
-19,19%
Conselho Administrativo de Defesa Econômica-CADE
54.888.797
54.888.797
0
0,00%
Fundo de Defesa de Direitos Difusos
715.234.529
701.898.438
-13.336.091
-1,86%
Fundo Nacional Antidrogas
141.721.240
69.962.759
-71.758.481
-50,63%
Fundo Penitenciário Nacional
353.428.815
308.159.798
-45.269.017
-12,81%
Fundo Nacional de Segurança Pública
1.745.057.407
1.510.223.408
-234.833.999
-13,46%
Total
17.743.226.540
13.909.243.687
-3.833.982.853
-21,61%
Outros assuntos da coluna:
BNDES gasto 6 milhões por página de auditória.
Vejam o custo da ignorância e do fake news para o povo brasileiro.
O BNDES contratou por R$ 48 milhões uma auditoria para abrir a caixa preta do banco, mas não encontrou irregularidades. O valor foi pago a um escritório estrangeiro que subcontratou o escritório Levy & Salomão.
A auditoria foi para os contratos com a JBS, grupo Bertin e eldorado Brasil.
O relatório tem oito folhas e o custo por página é de R$ 6 milhões.
Já outros diretores do BNDES, como Paulo Rabello Castro, já haviam dito que não há caixa preta no BNDES,
O tema da caixa preta do BNDES foi um dos pontos centrais da campanha do des-presidente e de diversos fake news.
Caso Secom:
A Artplan que é cliente da empresa do secretario da SECOM vira líder no recebimento de recursos e ganha 36% a mais no ano passado.
Contratação de militares no INSS:
O sub procurador do Ministério Público do TCU pede a este tribunal para suspender a contratação de militares pelo INSS. Na representação, o sub procurador alega que a medida é inconstitucional, visto que a contratação não pode a ser direcionada a um setor específico, no caso militares reformados.