Garimpo ilegal: 16 pessoas são presas com 6 toneladas de minério na TI Yanomami

A Operação Guardiões do Bioma, coordenada pelo MJSP, prendeu 16 pessoas que atuavam ilegalmente em Terras Indígenas Yanomami

A Operação Guardiões do Bioma, em funcionamento desde 2021, prendeu 16 pessoas e apreendeu 6 toneladas de minério extraídos de forma ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. Além disso, a operação também confiscou armas de fogo, aeronaves, embarcações e veículos.

Por Beatriz Pecinato

A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), e também conta com a participação de 12 institutos federais do estado de Romaima. A operação também vem sendo realizada em estradas ligadas a crimes ambientais, em portos clandestinos e em vias fluviais.

A operação destruiu maquinários usados para cometer os crimes, acampamentos em locais proibidos e a infraestrutura de suporte às ações ilegais. Algumas provas foram colhidas para financiar investigações já em andamento.

Ao todo, 2 aeronaves, 19 aeronaves asa fixa, 3 embarcações, 73 mil litros de combustível e mais de 6 toneladas de minérios foram apreendidos.

A Operação Guardiões do Bioma busca combater o desmatamento ilegal, queimadas e incêndios florestais, acabar com organizações criminosas e proteger as terras indígenas.

Participaram das ações: Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); EB (1º Batalhão Logístico de Selva em Roraima); a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em 2022, a Terra Indígena Yanomami completou 30 anos de demarcação e homologação. Atualmente, estima-se que 20 mil garimpeiros exploram ilegalmente a região, e a degradação causada pela atividade chegou a mais de 3.200 hectares, aponta relatório divulgado “Yanomami sob ataque”, divulgado pela Hukutara Associação Yanomami.

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