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Menino morto levou soco violento de segurança do Habib’s, diz testemunha.

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Não era para ser assim! Mas, novamente, temos notícia de uma morte de um jovem pobre. Novamente, percebemos a empresa, os seguranças e a polícia de um lado. Do outro, estão as testemunhas e os familiares.

Os policiais militares que atenderam ao chamado do domingo no Habib’s, que culminou com a morte de um garoto de 13 anos, dispensaram o testemunho de Sílvia, no dia da morte de João Victor Souza de Carvalho. A testemunha afirmou ter apontado, aos policiais, os funcionários do Habib’s que agrediram o menim no. Eles, no entanto, a dispensaram dizendo que ela não servia como testemunha por ser “noia” e catadora de matérias recicláveis. Ela insistiu e depôs na quarta.

Sílvia Helena Croti, 59 anos, vendia balas em frente ao Habib’s, quando percebeu que o menino corria pela rua, perseguido por dois funcionários do Habib’s: o gerente, magro e alto, e o segurança, gordo, de estatura mediana e moreno. Sílvia afirmou, ao delegado Antonio Celso Berna Peduti, que viu o momento em que o menino foi alcançado e que “o segurança pegou João Victor pelo pescoço e desferiu um violento soco contra sua cabeça”. Sílvia se aproximou, viu espuma na boca do menino, chegou a pedir uma colher para tentar destravar a língua do menino, mas percebeu que ele já estava inconsciente.

Os funcionários do Habib’s, por seu turno, disseram que João Victor estava importunando os clientes com um pedaço de madeira e que ameaçava quebrar os vidros da loja. Quando foram repreendê-lo, João Victor saiu correndo e teve um mal súbito, afirmam.

Em nota, a Rede Habib’s afirma que “a polícia foi acionada, assim que verificaram que a conduta do menor estava incontrolável, ameaçando o patrimônio físico da loja e dos clientes”. Impossível deixar de registrar que o menino nasceu em 16/07/2003 e tinha, portanto, 13 anos.

“Se os PMs tivessem levado a testemunha para a delegacia no dia e ela tivesse reconhecido os agressores, eles poderiam ter sido presos em flagrante”, afirma Dr. Ariel de Castro Alves, que assessora a família. Além disso, ressalta que os fatos ocorreram às 19hs do dia 26 – domingo, que o registro ocorreu apenas às 4 da manhã do dia 27 e que as investigações se iniciaram 3 dias depois. “Apurações de possíveis homicídios não podem ficar paradas em razão de feriados. Já deu tempo do Habib’s sumir com as imagens, ou editá-las”, pondera Dr. Ariel.

Os familiares farão uma manifestação amanhã (2/3), às 19hs, na frente do Habib’s da av. Itaberaba.

Veja a matéria da TVT sobre essa tragédia.

Nota
1 Testemunho de Sílvia Helena Croti

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