Caminhoneiros apoiadores do candidato derrotado Jair Bolsonaro bloqueiam estradas desde a noite do domingo (dia 30), assim que a vitória de Lula foi oficializada pelo TSE. Na tarde da segunda-feira, havia 136 bloqueios em 18 estados brasileiros de acordo com balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal.
Em grupos fechados de mensagem no Whatsapp e Telegram e postagens em redes sociais, alguns caminhoneiros que participam do protesto dizem não aceitar o resultado das eleições e pedem intervenção militar. Em Brasília, a Polícia Militar do Distrito Federal isolou Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes para evitar que caminhões invadam essa região da cidade, onde se concentram vários órgãos públicos.
No Sudeste, a estrada que liga as duas principais cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, tem bloqueios desde ontem. A Rodovia Anhanguera e a Rio Santos também estão bloqueadas. Todas as viagens por ônibus interurbano entre Rio e São Paulo foram suspensas.
Entidades que representam caminhoneiros, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTLL) e Associação Nacional de Transportes do Brasil (ANTB) não reconhecem o movimento. O presidente da ANTB diz que os bloqueios não foram organizados pela categoria e que são iniciativa de grupos isolados.