Lula nega convite de sabatina presidencial da Jovem Pan 

O candidato não irá participar da sabatina da emissora Jovem Pan - que detêm de um histórico negacionista e conservador

Foi anunciado nesta sexta-feira (19) que o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá  à sabatina realizada pela emissora Jovem Pan, que aconteceria na próxima quarta, dia 24. A emissora, que tem um histórico de acusações de divulgação de informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 e de difamar personalidades políticas de esquerda, afirmou em nota que “lamenta a decisão do candidato Lula. […] Esta seria para ele, como será para os demais candidatos que virão, uma excelente oportunidade para defender suas ideias e esclarecer temas relevantes para os eleitores”.

Outros candidatos presidenciais também foram convidados a participar do programa, sendo eles, Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Tebet, Ciro e Bolsonaro já confirmaram suas presenças. O candidato a governador de São Paulo, Fernando Haddad (PT) também havia sido chamado para a sabatina de governadores, mas também decidiu recusar a convocação. Haddad foi hostilizado pelo comentarista da emissora Caio Coppola, que o chamou de “covarde” e “fujão”. O presidente Lula também sofreu ataques por parte de jornalistas da Jovem Pan após a notícia da sua não ida à sabatina, com falas agressivas de Guilherme Fiúza, bolsonarista declarado, e de Augusto Nunes. 

Histórico de desinformação da Jovem Pan

De caráter conservador e financiada pelo capital de empresários bolsonaristas, a Jovem Pan recentemente perdeu uma briga judicial com a deputada federal de São Paulo Sâmia Bomfim, do PSOL. O veículo foi responsável por divulgar fake news com relação ao mandato da parlamentar, afirmando de forma infundada, que a deputada havia desviado dinheiro público para seu próprio benefício. A 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, no final de julho, o direito de resposta a Bomfim – o qual havia sido negado pela Jovem Pan.

Essa não foi a única acusação de difamação e fake news enfrentada pela emissora. Durante a pandemia de Covid-19, a Jovem Pan foi responsável por espalhar desinformação acerca do uso de máscaras e da vacinação. Além disso, questionamentos sobre as mortes pela doença e da lotação dos leitos hospitalares  no país foram levantados pelos comentaristas do canal. Um exemplo disso foi a entrevista realizada no programa “Pingo nos is” com o professor da UFPE Bruno Campello de Souza que produziu um artigo sobre os supostos “malefícios” do lockdown. A pesquisa foi declarada anticientífica e negacionista por múltiplas comunidades acadêmicas. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul,  “a ausência de avaliação da metodologia científica aplicada, o estudo pode não apresentar a realidade dos fatos expostos no artigo. Em outras palavras, o que está relatado pode não ser correspondente à realidade”.

COMENTÁRIOS

6 respostas

  1. O título desta reportagem, totalmente indutivo, a Jovem Pan NÃO é negacionista, ela apenas, não está alinhada com a turma “da despiora e do Mas”, a emissora quase centenária, possui amplo apreço popular, e tem se mostrado bem mais imparcial que conhecidos veículos de mídia, anteriormente com alto prestigio, e agora, com alta rejeição popular, trazendo pontos de vista opostos, quer de direita ou esquerda num debate e programação bem mais sadia e educativa.

    1. A JOVEM PAN DESINFORMA, APOIA BOLSONARO EM TUDO…ATÉ NAS FAK NEWS…É UMA EMISSORA QUE CONTRIBUIU PARA DESINFORMAR NA PANDEMIA… E DEVERIA SER TAMBÉM RESPONSABILIZADA…

      1. Faço minha as suas palavras e ainda mais a parte que a emissora deve se responsabilizar por fake news e desinformação na pandemia contribuindo com mortes de brasileiros…

  2. Não assisto mais a jovem pan. E um jornalismo desacreditado. A jovem pan tem lado. Suas críticas são fundadas em fake .

    1. Jovem Pan já deixou de ser rádio há muito tempo, acabou, caiu no meu conceito.

  3. A emissora Jovem Pan presta um desserviço ao país e à democracia. Utiliza uma linguagem jovial, mas é retrógrada, tendenciosa, antipopular e bolsonarista…

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