Jornalistas Livres em defesa das ocupações Prestes Maia e Hotel Cambridge!

 

Prezado prefeito Fernando Haddad,

A Rede Jornalistas Livres em defesa dos Direitos Humanos, da Democracia e dos Direitos Sociais vem por meio desta expressar sua irrestrita solidariedade aos moradores das Ocupações Prestes Maia e Hotel Cambridge, representados pela Frente de Luta pela Moradia, em seus pleitos junto à Prefeitura de São Paulo.

Têm de prosseguir a maravilhosa experiência coletiva e o generoso acolhimento sem discriminação, vividos no cotidiano desses imóveis antes mortos (mortos pela especulação imobiliária, diga-se).

O convívio respeitoso que vemos entre os moradores, a proteção às crianças, aos idosos e aos deficientes, o cuidado com seu futuro, para não falar da limpeza esmerada das áreas comuns, tudo isso reforça para nós a ideia de que, ali, entre os pobres, encontra-se uma nova forma de vida coletiva que pode revitalizar a cidade aviltada pelos prédios e esqueletos vazios ou ocupados pela droga, pela doença, pelo desespero.

A cidade de São Paulo merece o amor e a dignidade humana que vemos prevalecer no trato entre os moradores dessas ocupações. Amor e dignidade humana que se manifestam na consciência do direito a uma moradia decente, a uma educação de qualidade, à saúde, à cidade.

Amor e dignidade que se manifestam também na consciência de seus deveres: não há morador dessas ocupações que queira moradia gratuita. Todos querem pagar por ela o justo, o possível.

Diga-se, por fim, que as Ocupações Prestes Maia e do Hotel Cambridge são experiências-piloto que precisam ser preservadas, pois nelas quem fala mais alto é a voz da esperança em uma cidade mais justa e gentil. E é disso, estamos certos, que São Paulo precisa.

Atenciosamente,

Rede Jornalistas Livres
Facebook.com/jornalistaslivres

 

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS

Sentença de morte joga famílias na rua!

Sentença de morte e não de reintegração joga famílias na rua!

Impossível ficar indiferente diante dessas cenas que retrata a forma desumana que 100 famílias foram jogadas na rua, durante reintegração do imóvel que ocupavam na Rua Augusta 400