Irã expressa seu apoio à Palestina

Palestina: símbolo do compromisso da humanidade com os valores dos direitos humanos

Embaixada da República Islâmica do Irã no Brasil se posiciona em defesa da Palestina. Veja o texto abaixo:

“A Palestina é uma terra sagrada para as três religiões do judaísmo, cristianismo e islamismo. A maioria absoluta do povo desta terra eram muçulmanos. Em 14 de maio de 1948, o regime de ocupação sionista chegou ao poder na Palestina reprimindo brutalmente os palestinos por meio de atos terroristas e destrutivos e desalojando milhões de seus habitantes.

Durante esses 75 anos, o regime dominante nos territórios palestinos continuou a cometer violações cruéis, racistas, de apartheid e violações sistemáticas dos direitos humanos dos palestinos, independentemente dos pedidos da comunidade internacional e das organizações internacionais. Entre as violações estavam o assassinato de pessoas inocentes, o roubo e destruição de propriedades palestinas e a expulsão forçada deles de sua terra natal. Os sionistas deliberadamente destroem e profanam lugares sagrados islâmicos e cristãos, incluindo a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. Ao criar restrições severas, eles impedem que as pessoas frequentem esses locais com facilidade e realizem suas atividades religiosas.

O regime sionista também interrompe o movimento dos palestinos com restrições físicas, com numerosos postos de controle e a construção de fortes muros de concreto. Desde 2007, o regime tem sitiado completamente a Faixa de Gaza e em muitos casos tem impedido a entrada de qualquer mercadoria, incluindo alimentos, saúde e remédios. Essas medidas levaram à criação da maior prisão a céu aberto do mundo no pequeno território de dois milhões de habitantes de Gaza. Os frequentes ataques terrestres e aéreos de Israel na Faixa de Gaza e a matança de pessoas inocentes, especialmente crianças, deram ao país o apelido de regime de matança de crianças.

Este regime está sempre ocupando mais partes da terra palestina e as advertências da comunidade internacional a esse respeito têm sido ineficazes. A construção de novos assentamentos sionistas é acompanhada pela destruição de áreas residenciais e infraestrutura palestinas, incluindo hospitais e escolas, e o deslocamento de mais palestinos. A política de invadir terras palestinas e esvaziar a região de seus habitantes originais é um dos princípios deste regime ao destruir a estrutura populacional da terra palestina sem a presença dos povos originários desta terra. Nesse sentido, a política de separação e apartheid dos imigrantes sionistas dos palestinos nativos está oficialmente na agenda do regime.

Apesar desse conjunto de ações criminosas e da política de apartheid de Israel, o Conselho de Segurança da ONU não tem conseguido uma ação efetiva para proteger a Palestina e acabar com a violação dos direitos de seu povo. As ações de Israel, apoiadas pelos EUA, estão se expandindo a cada dia. Um exemplo desse tipo de comportamento é o veto dos Estados Unidos a cerca de 50 resoluções do Conselho de Segurança contra Israel.

O silêncio diante do apartheid contra o povo palestino leva os colonos sionistas e os militares israelenses a cometerem mais crimes. Nas últimas semanas, vimos que alguns ministros desse regime apoiaram publicamente o massacre e a limpeza étnica dos palestinos. Essas ações e comentários levam consciências informadas à conclusão de que está ocorrendo um terrorismo de Estado contra o povo palestino. As ações desse regime enfrentaram uma profunda crise na Ásia Ocidental por décadas, tornaram-se uma fonte de instabilidade na região e transformaram a Palestina em um símbolo de opressão e violação dos direitos humanos.

No entanto, a Palestina está viva aos olhos das consciências despertas do mundo, incluindo os governos e nações do Brasil e do Irã. Eles enfatizam o apoio aos palestinos, incluindo o fim da ocupação, a remoção do apartheid, o fim da discriminação racial e do genocídio. Eles também consideram o retorno dos refugiados à sua terra natal, o direito à vida, dignidade, liberdade, autodefesa e autodeterminação como parte dos direitos básicos do povo palestino. Nesse sentido, o Brasil sempre reivindicou a soberania palestina sobre sua pátria.

A República Islâmica do Irã, citando a Carta da ONU sobre o direito das nações à autodeterminação, pede pelo fim da ocupação e o retorno de todos os refugiados palestinos à sua terra natal e à posse de seus direitos.”

* Embaixada da República Islâmica do Irã no Brasil

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