O Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022 divulgado hoje aponta que o Brasil caiu três posições no Índice de Desenvolvimento Humano, passando da 84ª posição, em 2020/2021, para 87ª posição no relatório. Em comparação com a situação do país antes da pandemia, quando o IDH do Brasil em 2019/2020 ocupava a 79ª posição no ranking internacional, Brasil despencou oito posições. Ou seja, ficou pior a vida no Brasil. Bem pior!
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é o órgão responsável por medir anualmente o IDH dos países. Os valores variam de 0 a 1, é considerado um país de desenvolvimento elevado valores acima de 0,80 e desenvolvimento baixo valores inferiores a 0,4999. O IDH do Brasil atualmente registra o valor de 0,754. Considerando os países latino-americanos, o país está na 10ª colocação atrás do: Chile, Argentina, Costa Rica, Uruguai, Panamá, República Dominicana, Cuba, Peru e do México.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a confluência de conflitos políticos, crises econômicas e ambientais, especialmente em virtude da pandemia do coronavírus, causaram um retrocesso de 5 anos no desenvolvimento humano. 2020 e 2021 apresentaram uma queda consecutiva dos valores do índice, primeira vez que algo assim ocorre em 30 anos, quando o IDH passou a ser medido. Os dois anos de pandemia também foram a primeira vez que o IDH do Brasil apresentou queda desde 2003
Suíça, Noruega e Islândia estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul, Chade e Níger seguem com os piores registros de desenvolvimento humano. O IDH leva em consideração três fatores: acesso a educação, com base nas taxas de analfabetismo e tempo médio de estudo, longevidade e expectativa de vida ao nascer e renda de acordo com o PIB per capita (por pessoa). Um dos principais fatores que contribuíram para o retrocesso mundial foi a redução da expectativa global de vida de 73 anos, em 2019, para 71,4 anos, em 2021.