A Polícia Civil de Porto Alegre com o auxílio da Delegacia de Combate à Intolerância, abriu um inquérito para investigar 15 gaúchos por apologia ao nazismo. Segundo as investigações, esses indivíduos se organizam por meio da “deep web”, também conhecida como o “lado oculto da internet”, já que é de difícil acesso e rastreamento.
Além da “deep web”, o grupo também estaria usando algumas redes sociais, como o Facebook e Telegram, redes que apresentam poucas ferramentas de controle. Declarações racistas, separatistas – com o objetivo de separar o Rio Grande do Sul do restante do Brasil – e atos neonazistas são alguns dos conteúdos divulgados.
A titular da Delegacia de Combate à Intolerância, Andrea Mattos, comenta sobre a possibilidade de existirem participantes de outros estados. Os casos estão sendo acompanhados para a coleta de provas e nenhum nome ainda foi divulgado para não atrapalhar as investigações..
A Delegacia de Combate à Intolerância também informa que a investigações partem de um “dossiê nazista” produzido pela equipe do vereador Leonel Radde (PT)”. Essa denúncia afirma ainda que a maioria dos, ao menos, 15 suspeitos de apologia ao nazismo integram uma banda de rock.
É um dos perfis identificados pelo vereador havia imagens de Hitler, cartas separatistas e publicações contra negros, comunidade LGBTQIA+ e judeus. “Um deles ainda tinha postagens dizendo o seguinte: se a página aqui do Facebook cair, temos o Telegram”, declarou Leonel Radde.
“São perfis criados, apagados e recriados com novas nomenclaturas. Alguns indivíduos também trocam conversas até em sites de jogos, sempre com questões antissemitas e diversos outros preconceitos, tais como racismo e LGBTfobia”, explica Andrea.
Mais informações não podem ser divulgadas, a fim de não interferir nas investigações, porém, a delegada revela que, além dos 15 gaúchos envolvidos, também há um carioca residente no Rio Grande do Sul. O indivíduo é suspeito de apologia ao nazismo e também é alvo de outra operação da Delegacia de Combate à Intolerância por envolvimento com um grupo chamado “Nova Resistência do Brasil”.