Ativistas organizaram, nesta quinta-feira (7), distribuição de café da manhã para cinco mil pessoas em situação de rua na Praça da Sé, em São Paulo. O tradicional Grito dos Excluídos acontece esse ano com o tema “Vida em Primeiro Lugar”, e o evento questiona: “200 Anos de (In)dependência para quem?”.
Por Beatriz Pecinato
Os organizadores do evento – o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a campanha “Gente é Pra Brilhar, Não pra Morrer de Fome”, os Comitês Populares e o Movimento da População de Rua – também distribuíram três mil kits com alimentos.
O Grito dos Excluídos é um conjunto de manifestações, iniciadas em 1995, que ocorrem ao redor do Brasil durante a Semana da Pátria, no dia 7 de Setembro. Em sua 28ª edição, os manifestantes foram às ruas em defesa da democracia e pelo direito de inclusão das populações marginalizadas, além de reivindicarem pautas a favor de políticas públicas que garantem mais dignidade à população vulnerável.
“A ação deste ano ocorre em um momento em que os dados relacionados à insegurança alimentar no Brasil são alarmantes, considerando que além de termos voltado ao mapa mundial da fome, já contabilizamos mais de 33 milhões de pessoas famintas no país”, afirma, em nota, Carla Bueno, engenheira agrônoma, militante do MST e uma das coordenadoras da campanha “Gente é Pra Brilhar, Não pra Morrer de Fome”
“Queremos promover uma manhã de dignidade coletiva para estes que estão excluídos, abandonados pelo sistema político e à margem dos direitos civis, quando na verdade deveriam ter acesso a saúde, emprego, moradia, cultura e educação” acrescentou Carla.
