A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito divulgou nesta sexta-feira (19) uma declaração em suas redes sociais na qual manifestou apoio ao candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O movimento, que é apartidário, está presente em 20 estados da confederação brasileira e tem como objetivo promover a justiça social e a defesa de direitos. Em nota, a Frente Evangélica coloca a defesa da democracia como “a força civil instituída por Deus para deter as forças destruidoras do Anti-Messias”.
Por Camilla Almeida
A declaração foi um consenso entre múltiplas lideranças de diferentes estados do Brasil. Com essa manifestação, a Frente Evangélica destaca a importância de se posicionar politicamente em um momento tão delicado da democracia brasileira. “Estivesse o Brasil em seu pleno estado democrático e de direito, […] bastaria enfatizar o respeito à liberdade de consciência política de cada cidadão e descansar no fluir seguro das prerrogativas democráticas.”, afirma a nota.
A organização ainda faz sérias críticas ao governo Bolsonaro ao citar a presença de “forças destruidoras” na governança do país e as consequências devastadoras dessas ao povo brasileiro. Na declaração, são citadas a pandemia de Covid-19, a destruição dos direitos trabalhistas, o aumento da fome, o emparelhamento das forças militares e a violência seletiva com minorias sociais. Além disso, as ações depredatórias do agronegócio incentivadas pelo Ministério da Agricultura de Bolsonaro também são apontadas como responsáveis pela “destruição dos seres humanos”.
Votos a serem (des)conquistados
Os votos da comunidade evangélica estão sendo motivo de discussão nas redes sociais após as críticas sofridas por Bolsonaro ao participar de um culto religioso no dia 7 de agosto. O evento em questão foi organizado e ministrado pelo pastor-presidente Márcio Valadão, no Rio de Janeiro. Na internet, evangélicos repudiaram os gritos de apoiadores do presidente que chamavam Bolsonaro de “mito” – para eles, o espaço da Igreja é um lugar de adoração de personagens religiosos, como Deus, Jesus e o Espírito Santo. Vale destacar que o presidente é popular entre a comunidade e tem 49% da intenção de votos desse grupo.
Segundo Nilza Valéria, coordenadora nacional da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, é preciso alcançar o público evangélico progressista os incluindo na campanha e os fazendo ser ouvidos. “O que não se pode de forma alguma é emular um discurso em que Lula e aliados façam falas religiosas caindo na armadilha bolsonarista”, afirmou a coordenadora, em entrevista ao Brasil de Fato.
Uma resposta