Escola da Floresta, em Santarém, é vendida para a especulação imobiliária

Comunidade local luta para que o Governo do Estado intervenha, desaproprie a área e assuma a gestão da APA Alter do Chão
Foto: Jaciara Borari / Comunicação Suraras do Tapajós

A Escola da Floresta é uma área de referência em Formação e Educação Ambiental, importante do ponto de vista ecológico e cultural para a Vila de Alter do Chão, Santarém, e toda a região no Estado do Pará. Porém, infelizmente, caiu nas mãos da especulação imobiliária.

O espaço é uma iniciativa de Educação Ambiental, chegando, inclusive, a ser premiado nacionalmente. O local já foi ponto para formação de extrativistas e projetos de conservação no início dos anos 2000 e desde 2008 está sob responsabilidade da Prefeitura de Santarém, que administra o espaço em sistema de comodato.

Porém, o atual prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, com todas as oportunidades e condições para tal, não encaminhou a desapropriação da área, o que poderia garantir a perpetuidade da Escola da Floresta e a preservação dessa área que abriga um importante e delicado ecossistema às margens do Lago Verde em Alter do Chão, Santarém.

A Escola da Floresta está em uma Unidade de Conservação Municipal, Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão e em Território Indígena Borari. A ausência do Plano de Manejo da APA e o lento processo de reconhecimento da Terra Indígena Borari, favorecem estrategicamente a especulação imobiliária e os interesses de determinados grupos econômicos.

O apelo da comunidade local é para que o Governo do Estado intervenha, desaproprie a área e assuma a gestão da APA Alter do Chão!

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