Hoje vou entendendo que seu fim é sua glória. O ano passado morremos lentamente. Doença é assim, isso mesmo, realiza seu mau.
Felicidade de vírus, bactéria, fungo, pensamentos imbecis, é desestruturar.
É como um elefante marchando em um jardim de Burle Marx, apreciando outras estéticas, muitas cores, saberes, sabores e jeitos; tudo alimenta músculos primitivos, grandes membros, tradicionais articulações. Sutilezas não cabem em seres assim.
Sabedoria de fruto é a semente, é salvar-se, reservar, armazenar para arar depois. Ervas daninhas ocupam o roçado, alteram curvas de nível, causam voçoroca, acabrunham.
A gente se ilude, poetisa, crê a fundo, mas será uma longa euforia mercantil em solo tão rico, próspero à emoções adolescentes, pátria amada tão linda.
Não desanime.
Enfim, seguiremos, prosseguiremos, é fim de década, novo ano, longo ciclo.