A coluna Dia a dia do desgoverno, que comenta que o governo federal corta 1,37 bilhões da Justiça do trabalho para 2020, pesquisa Datafolha aponta que 43% população vê mais moradores de ruas e a fuga de US$ 43 bilhões de dólares no primeiro ano do des-presidente.
O desgoverno quer acabar com a Justiça do Trabalho e agora corta 1,37 bilhão ou -6,21% do orçamento da justiça do trabalho para 2020 frente a 2019.
Os maiores cortes estão em investimentos, obras e compra de material permanente (ex: veículos), que chega a 85,61% ou R$ 260 milhões e no custeio de R$ 487 milhões ou 17%.
2019
2020
Variação
Variação
Justiça do Trabalho
22.184.838.196
20.806.855.284
-1.377.982.912
-6,21%
Pessoal e Encargos Sociais
18.561.034.084
18.389.133.327
-171.900.757
-0,93%
Outras Despesas Correntes
2.844.531.368
2.357.001.522
-487.529.846
-17,14%
Investimentos
304.307.710
43.801.296
-260.506.414
-85,61%
Inversões Financeiras
276.000.000
-276.000.000
-100,00%
Reserva de Contingência
198.965.034
16.919.139
-182.045.895
-91,50%
Por unidade orçamentária, destacamos os cortes no Tribunal Superior do Trabalho de 56,39%, no TRT da Bahia de 11,92%, TRT do Espírito Santo de -1,35% e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho de -98%. Os demais Tribunais Regionais do Trabalho tiveram aumento de 1,5 a 9,5%.
Desde a aprovação da reforma Trabalhista e da alteração que permite que o trabalhador tenha de pagar os custos dos advogados as ações impetradas na justiça do Trabalho caíram de 2,2 milhões para 1,5 milhões, queda de 32% em dois anos.
Ainda destaco que o valor para 2020 do gasto do Tribunal Superior do Trabalho é R$ 398 milhões ou 36% do gasto previsto com o Supremo Tribunal Federal.
Pesquisa Datafolha aponta que para 43% dos entrevistados aumentou o número de moradores de rua . A maior percepção deste incremento é no sudeste, seguido pelo Norte e Centro Oeste.
Destaco que 55,8% dos moradores da região metropolitana constatam este aumento do número de moradores de rua.
Segundo dados da prefeitura de são Paulo desde 2016 o número de moradores de rua subiu 66%, especialmente na Avenida Paulista e em regiões de classe média.
No rio de Janeiro em três anos este número triplicou, já em Porto Alegre este número dobrou e aumento em 50% em Curitiba.
Outra pesquisa vem apontando o aumento da desigualdade no Brasil, mas a constatação da população do aumento do número de moradores de rua mostra que este tema já chegou ao dia a dia da população.
Pesquisa Datafolha: quantidade de moradores de ruas
Região
Aumentou
Diminuiu
Continuou igual
Sudeste
47,9%
7,8%
44,1%
Sul
37,7%
9,1%
47,6%
Nordeste
39,4%
8,8%
46,5%
Centro Oeste
41,0%
8,4%
45,6%
Norte
42,9%
7,4%
46,0%
Total- Brasil
43,2%
8,3%
44,1%
Região
Aumentou
Diminuiu
Continuou igual
Região Metropolitana
55,80%
5,40%
34,70%
Interior
34,10%
10,10%
51%
O economista Marcio Pochmann aponta que as reservas cambiais caíram US$ 25 bilhões e que no primeiro ano do desgoverno a saída de dólares do Brasil é recorde e chega a US$ 43,25 bilhões até 27/12.
Estes números colocam em cheque a narrativa do des-presidente da confiança no país e da recuperação da economia:
Veja tuites de Marcio Pochmann:
Sob o argumento de reduzir custos do Estado, o governo Bolsonaro proíbe concursos e extingue 27,5 mil cargos públicos. Em breve, o país tomará conhecimento de seus efeitos na piora da saúde com o desaparecimento de agentes de saúde e guardas de endemia, entre outros problemas.
Brasil no rumo do século 19, confirma o ministério da Economia que em 2019, o Brasil teve mais produtos básicos (baixo valor agregado, como minerais, frutas, grãos e carnes) exportados que manufaturados. Foi a 1° que isso aconteceu desde 1980.Governo curupira, caminha para trás.
Na retórica neoliberal, as reformas realizadas elevariam a confiança dos endinheirados que trariam seus recursos externos para investir e fazer a economia crescer. Está ocorrendo justamente o inverso, com debandada inédita de dólares do país. Cadê a autocrítica?
Por que a mídia esconde saída recorde de dólares em dezembro, que faz de 2019 o ano de maior fuga de capitais desde 1982, segundo Bacen. Só o déficit cambial foi maior que em 1999, quando FHC quebrou o Brasil e foi ao FMI.Sem a herança petista da reserva externa, o FMI retornaria.