O cabo da Polícia Militar Vitor da Silva Lopes, de 37 anos, atirou contra o fiel Davi Augusto de Souza, 40, durante um culto religioso no templo da Congregação Cristã no Brasil, em Goiânia, na noite de quinta-feira (01/09). Davi vinha reclamando de o ancião fazer discurso político dentro da igreja. Em suas pregações, o ancião pedia votos em Bolsonaro e proferia mentiras sobre o PT e candidaturas de esquerda em geral. O tiro atingiu a perna do fiel, que foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia, onde precisou passar por cirurgia. O atirador se apresentou em uma delegacia e foi liberado após prestar depoimento.
Segundo a Polícia Civil, a ocorrência foi registrada como agressão por arma de fogo e lesão corporal culposa – quando não há intenção de machucar a pessoa agredida. O documento, que apenas conta com as versões dos policiais presentes, “os indivíduos tentaram entrar em luta corporal com o policial, que para se desvencilhar de um deles efetuou um disparo que alvejou a perna do envolvido”. Com relação ao policial militar, a Polícia Militar de Goiás emitiu uma nota na qual informa a instauração de um processo administrativo para investigar a conduta do cabo, além de destacar “que o policial militar apresentou de forma espontânea na delegacia de polícia civil para os procedimentos cabíveis”.
Denúncia do fiel
Membros que frequentam os cultos da Congregação Cristã do Brasil em Goiânia têm relatado que os anciãos do templo utilizam do palanque durante os eventos religiosos para defender a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PT) e atacar candidaturas de esquerda. No dia 11 de agosto, o conselho administrativo da congregação, inclusive, publicou uma circular intitulada “Eleições 2022” na qual orientava seus seguidores a “não votar em candidatos ou partidos políticos cujo programa de governo seja contrário aos valores e princípios cristãos ou proponham a desconstrução das famílias no modelo instruído na palavra de Deus, isto é, casamento entre homem e mulher”.
O irmão do baleado, Daniel de Souza, havia sido entrevistado pelo jornal Diário de Goiás uma semana antes do ocorrido, no dia 24 de agosto. Na entrevista, Daniel relata a pressão feita pelos anciãos no campo político e conta de momentos nos quais foi insultado por eles. “Disse a ele que estava errado e que ele não podia fazer aquilo daquela forma. Nos corredores ele me xingou de tudo. Me chamou de petista, comunista, socialista… Foi um constrangimento muito grande. Eu não vou sair da igreja e falei que ia denunciá-lo”, disse Daniel, que é fiel da igreja há anos.
4 respostas
a congregação era uma ótima igreja mas de uns tempos pra cá a esta se envolvendo muito com politicagem é a favor de politicos que fala se jesus andasse na terra hoje usaria armas fui 20 anos na igreja estou desanimada acho que esta chegando o tempo que vamos adorar DEUS em espirito e em verdade porque pra ouvir falar de politica fico em casa
É impressionante como a chegada à presidência da República Federativa do Brasil do capitão Bolsonaro retirou do esgoto os sentimentos mais primitivos das pessoas.
Que absurdo, que falta de intendimento,pode ter certeza Deus vai cobrar.