Durante as manifestações de ontem (7), o deputado estadual cearense Francisco de Assis Cavalcante Nogueira, mais conhecido como Delegado Cavalcante (PL-CE), defendeu Bolsonaro dizendo que não vai permitir que o presidente perca essas eleições. “Se a gente não ganhar nas urnas, nós vamos ganhar na bala”, disse, diante de uma platéia que o aplaudia e fazia “arminha” com as mãos.
Por Nicole Conchon
Usar a violência em qualquer discurso é típico de todo bolsonarista. Mas o tal delegado Cavalcante não é apenas um valentão verbal. O Grupo de Atuação Especial Temporária, do Ministério Público Estadual (MPE), concluiu que delegado participou diretamente das torturas contra quatro presos em outubro de 2019. A denúncia de tortura foi publicada em novembro de 2009 pelo Diário do Nordeste.
Seguido de gritos e palmas de apoio, o delegado Cavalcante, que está concorrendo à Câmara dos Deputados, disse que não aceitaria perder e que o Bolsonaro é o candidato “mais querido”.
“Nós não temos medo, nós somos a resistência. Não temos medo dessa corja, esses pilantras que acabaram com o Brasil. Não vamos deixar que nosso presidente perca a eleição”, afirmou.
O delegado Cavalcante seguiu seu discurso duvidando das urnas eletrônicas, assim como faz Bolsonaro. Usada desde 1996, já foram 13 eleições empregando essa tecnologia e até hoje não existe nenhum registro sequer de fraudes e manipulação na contagem de votos. O bolsonarismo ataca a democracia e os direitos humanos constantemente. Sua base é formada pela desinformação e mentiras.
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