por Raquel Moysés* para os Jornalistas Livres
*Doutora em jornalismo, professora e servidora pública federal aposentada pela UFSC/IELA
Aqui estamos praticamente em quarentena, trancados em casa.
Só saímos para comprar o indispensável. Esta semana fui ao supermercado… a recomendação é de ir só uma pessoa por vez e de cada família.
Que sensação estranha…
No supermercado precisa fazer fila e pegar um número, que é para os clientes irem entrando aos poucos, respeitando a distância de segurança uns dos outros.
Os que conseguiram ainda comprar, usam máscaras de proteção, outros cobrem o nariz e a boca com uma echarpe ou algo assim.
Há quem faça máscaras “fai da te” (faça você mesmo).
Alguns usam luvas de silicone.
A sensação é de irrealidade…
Como num filme de ficção, meus amigos !
A minha ida para o Brasil, que seria agora em março está adiada, não sei até quando…
Desde a última terça-feira o Stefano está em casa para vivermos juntos esta espécie de “quarentena” de uma nação inteira…
Ele veio sem problemas de Bari até Matera, porque tem residência aqui é isso entra nas regras restritivas estabelecidas para a mobilidade em tempos de coronavírus na Itália.
O “presidente del Consiglio,” quer dizer o primeiro ministro da Itália, Giuseppe Conte, na última quarta-feira, 11 de março, comunicou ao povo italiano que a maior parte daquilo que ainda estava aberto no país teria que fechar.
Portanto, desde 12 de março, não abrem mais restaurantes, bares, cafés, pubs, centros comerciais, lojas, salões de beleza, centros de estética etc etc etc , e tudo aquilo que não é considerado de primeira necessidade.
As novas regras são medidas de “guerra” contra o coronavírus.
Agora estamos todos na zona vermelha. Mais de 60 milhões de italianos…
A Itália inteira virou “zona rossa”, embora oficialmente a chamem de “Zona protegida”, para funcionar melhor psicologicamente e não criar mais alarmismo do que já incitam as redes sociais e certa mídia. Não tinha mesmo outro jeito.
Esperar mais tempo para limitar os deslocamentos e reduzir os contatos físicos no país todo seria muito arriscado, pois esse vírus é muito contagioso, se expande com uma rapidez enorme. E os italianos não são tão disciplinados como os chineses, demoraram para entender que a coisa é muito séria, que não se trata de uma simples influenza.
Os demais países europeus já perderam muito tempo, e apenas agora alguns começam a entender que servem atitudes drásticas, como fez a Itália, que de algum modo serviu de muro de contenção para o vírus responsável por esta grave pandemia, declarada como tal pela OMS, a Organização Mundial da Saúde.
Se o governo italiano tivesse deixado tudo solto, sem adotar as medidas que foi tornando dia-a-dia mais rígidas, a situação de contágio na Europa hoje talvez fosse ainda mais grave.
A própria primeira ministra alemã Angela Merkel afirmou em uma entrevista coletiva na semana passada que a Alemanha corre o risco de chegar a ter 60 a 70% da população contagiada pelo coronavírus.
Mas mesmo na Alemanha medidas mais severas para interromper a circulação do vírus ainda não foram tomadas de modo unívoco.
O sistema federativo parece dificultar bastante uma tomada de posição em nível nacional.
A comunicação nos países da zona euro e principalmente nos Estados Unidos sobre o contágio na Itália foi bastante distorcida. Os italianos foram vistos no mundo, nos primeiros dias da epidemia que os atingia , como “gli untori”, aqueles que espalhavam o coronavírus pelo mundo, sendo quase tão tripudiados quanto foram os chineses. Só agora, após o reconhecimento por parte da própria OMS, do enorme esforço que a Itália está fazendo para conter o Covid-19, alguns países europeus começam a se dar conta da dificuldade que têm pela frente e até se espelham no modelo italiano de contenção do vírus..
Os responsáveis pela saúde pública de todo o mundo deveriam se mirar no “caso italiano”, adotando preventivamente medidas para reduzir o contágio iminente. Isso não aconteceu nem na Europa, que hoje é o foco principal da pandemia no mundo. A primeira medida que teriam que adotar, lamentavelmente, é o isolamento social. Quer dizer, impedir o nosso direito de mobilidade.
Diante de um vírus altamente contagioso, para o qual nenhum ser humano tem imunidade, só resta reduzir os contatos ao mínimo, ficar em casa o maior tempo possível e sair apenas para para comprar produtos de primeira necessidade (como alimentos, remédios, produtos de limpeza e higiene pessoal).
Com sintomas de coronavírus ou após ter tido contato próximo e desprotegido com uma pessoa contagiada, o primeiro cuidado a tomar é não ir ao posto de saúde nem na emergência dos hospitais, pois é alta a probabilidade de contagiar outras pessoas, além de médicos e enfermeiros, que estão na linha de frente cuidando dos pacientes.
Até agora na Itália mais de dois mil profissionais da saúde foram infectados. Desses, cerca de 250 são médicos que estão em quarentena ou internados, inclusive alguns entubados. Dois deles morreram.
(Veja vídeo que flagra um momento de solidariedade com música, entre vizinhos na Itália)
Os primeiro passos da Itália para conter a disseminação do Coronavírus
A Itália foi o primeiro país europeu a interromper os voos para a China no auge na emergência naquele país, e está pagando um altíssimo preço econômico, cultural e em todos os âmbitos da vida social pelas medidas restritivas que precisou tomar.
Aqui o sistema sanitário público realiza uma grande quantidade de “tamponi” (testes para confirmar se as pessoas foram contagiadas).
Além disso, são divulgados, todos os dias, durante entrevista coletiva, boletins oficiais da defesa civil, com todos os números do contágio, pessoas em quarentena, doentes nos hospitais, os curados e, infelizmente, os mortos, que pelos números de 16 de março, somam 2158. Boa parte desse triste número de vidas perdidas se refere a pacientes que morreram com coronavírus e não exclusivamente por coronavírus.
Eram predominantemente pessoas velhinhas, que já estavam bastante fragilizadas e doentes, mas há idosos com boa saúde que foram atingidos, e também pessoas de diversas outras faixas etárias.
Embora a chance de cura seja alta, o grande problema do coronavírus é que um percentual de 10% a 13% de pacientes necessita de terapia intensiva.
É como se de repente um tsunami invadisse as UTIs, ao contrário dos casos de influenza, que ocupam os hospitais como uma onda gigantesca, distribuída ao longo dos meses de inverno.
Muitos países não estão fazendo a coisa certa, segundo os especialistas italianos. Não tomam medidas urgentes de prevenção nem divulgam os dados reais do contágio.
Inclusive os Estados Unidos, onde a pessoa tem que pagar em média 3 mil dólares para fazer o exame para saber se foi contagiada.
Lá não existe saúde pública.
Os estadunidenses que podem pagar enfrentam a selva dos planos de saúde privados, que frequentemente dão cobertura ínfima.
Além disso ali muitos contratos de trabalho não preveem sequer licença de saúde remunerada. Então a pessoa vai trabalhar mesmo contagiada ou doente.
E certamente os números do contágio por coronavírus são muito mais elevados do que os divulgados pelo “Tremp”, em ano eleitoral. Não é à toa que ele colocou o vice-presidente como responsável pela questão do coronavírus. Assim, se a coisa der errado, em última instância ele vai colocar a culpa no vice.
No discurso que fez na semana passada, declarando emergência nacional, ele finalmente teve que assumir a existência da emergência coronavírus, que antes negava, mas o que chega de lá não é nada tranquilizante.
A situação era grave há várias semanas, tanto que os governadores da Califórnia e o do estado de Nova York já haviam declarado estado de emergência.
A única coisa que funciona, como demonstra a China, é impedir o contágio com medidas de restrição dos contatos humanos, já que não há vacina nem medicamento certo para curar a pneumonia nos casos mais graves provocados pelo Covid-19.
Aqui na Itália estão experimentado usar antivirais que serviram para tratar doentes durante as epidemias de AIDS e Ebola. Também estão usando, ao que parece já com algum sucesso para alguns pacientes em estado grave internados em Nápoles, um fármaco utilizado para tratar artrite-reumatóide (Tocilizumab).
O serviço público de saúde está à beira do colapso no norte da Itália, pois é elevado o número de doentes com pneumonia intersticial grave que necessitam de UTI.
E não há só doentes de Covid-19, obviamente. As demais doenças não “entraram em férias”. Aqui no sul o agravamento da epidemia pode ser ainda mais grave, se não se conseguir deter a progressão do contágio, pois o serviço de saúde entraria ainda mais rapidamente em colapso.
O problema da saúde pública da Itália se revela com o Coronavírus
Devido aos menores investimentos feitos na saúde pública na Itália meridional, o sistema aqui é muito mais frágil do que o do norte, que está resistindo a duras penas a essa prova.
Esta é a consequência, principalmente nos últimos dez anos, da absurda política de austeridade ditada pelo capitalismo neoliberal, com cortes drásticos principalmente em saúde e educação.
É em momentos graves como esse que se percebe, com imensa preocupação, quanto essa política é danosa e desumana.
A discussão sobre isso, agora, tardiamente, está na ordem do dia na Itália.
Neste momento muitas pessoas do povo, especialistas de todos os campos e diversos jornalistas coniventes despertam para a necessidade de salvar e fortalecer o virtuoso serviço público de saúde italiano, que ainda é um modelo admirável de sistema universal de atendimento, como o SUS brasileiro, tão vilipendiado pela fórmula do neoliberalismo.
Aqui na Itália cada pessoa tem um médico de referência, chamado médico de base ou médico de família, o primeiro a quem consultar quando se sente mal.
No caso da emergência coronavírus, todos são orientados a não ir ao consultório, mas telefonar ao próprio médico de base, no caso de ter tido contato próximo e desprotegido com algum contagiado ou já apresentar sintomas.
O grande risco do coronavírus é que é possível ser contagiado por uma pessoa assintomática, que pode transmitir o vírus por diversos dias sem saber que é positiva.
Mas quando a pessoa já apresenta algum sintoma, o médico de família a orienta, por telefone, sobre os cuidados a tomar, prescreve a quarentena e avisa a ASL (Azienda Sanitaria Locale), que passa a também monitorar a pessoa isolada em casa.
É a ASL que encaminha o paciente para fazer, em ambiente protegido, o exame que identifica se ele é positivo ou não ao vírus.
Essa é a forma de buscar evitar que o contagiado passe o vírus a médicos, enfermeiros e outros pacientes.
A ordem é não ir de jeito nenhum para o consultório do médico de família nem às emergências dos hospitais, pois foi o que fez o paciente número 1, indo à emergência do Ospedale di Codogno, na Lombardia, iniciando assim, involuntariamente, a cadeia de transmissão que hoje totaliza quase 28 mil pessoas contagiadas pelo coronavírus na Itália, somando as que sararam, as que se encontram em quarentena em casa, estão internadas ou, lamentavelmente, morreram.
Médicos infectologistas, virologistas e pesquisadores avaliam que o vírus já circulava na Itália bem antes da descoberta do primeiro foco de contágio e da eclosão da emergência em 21 de fevereiro.
Assim, o coronavírus ficou circulando livremente e contagiou pessoas que eram assintomáticas ou apresentavam sintomas semelhantes aos da influenza.
Alguns médicos de família hoje relatam que, já no início do inverno, estranharam alguns casos graves de pneumonia, mas não puderam naquele momento imaginar a epidemia que estava por vir, causada por um vírus até então desconhecido.
O fato de a epidemia ter iniciado exatamente na emergência de um hospital (de Codogno) foi outro fator responsável pela gravidade da rede de contágio na Itália.
Aqui em Matera (festejada capital europeia da cultura em 2019) o clima de grande efervescência artístico/cultural deu lugar ao silêncio e ao temor de que todos os investimentos feitos para atrair visitantes se tornem inúteis. Patrimônio da humanidade declarado pela Unesco, a capital cultural da Europa de 2019 descortinou a um número significativo de turistas e viajantes de tantos países o cenário de um mundo remoto e deslumbrante, com sua esplêndida cidade histórica feita de pedra, I Sassi.
Agora aqui, como na Itália inteira tudo é incerteza, mas Matera e a Basilicata (terceira região menos populosa da Itália) ainda suspiram aliviadas por serem “lanterninhas” na transmissão do contágio. Nas duas províncias da região (Matera e Potenza), os casos ainda são limitados, mas todos os habitantes tremem só de pensar em uma emergência, pois há poucos leitos de UTI disponíveis nos hospitais.
E não são só os velhinhos os mais contagiados nessa emergência italiana. Eles representam mais de 40% dos casos totais, mas 35% dos pacientes em terapia intensiva têm entre 50 anos e pouco mais de 60. Pessoas que em geral não têm o físico debilitado.
Há também adolescentes e adultos jovens nas UTIs. Felizmente poucas crianças contagiadas, mas há inclusive bebês.
Já se desmentiu a hipótese tranquilizadora que circulou inicialmente de que crianças e jovens seriam praticamente imunes ao coronavírus.
Não é assim, declaram as autoridades sanitárias do país, alertando para a exigência de que crianças, adolescentes e adultos jovens fiquem também rigorosamente em casa.
Lamentavelmente até agora a mortalidade é maior entre idosos, principalmente aqueles com outras doenças que já os fragilizam.
É por isso que hoje é uma prioridade a proteção dos avós, que na Itália, em grande número, são “baby-sitters” dos netinhos.
A recomendação nessa fase de emergência é que não fiquem com os avós. As crianças podem ser transmissoras ideais do coronavírus, pois , dada a sua energia e sede de brincar, tocam continuamente tudo.
O governo inclusive estabeleceu uma ajuda financeira para pais e mães (que atuam nas atividades definidas como essenciais e precisam sair para trabalhar) contratarem quem os ajude a cuidar dos filhos.
As escolas e creches estão fechadas e os avós precisam ser protegidos até de abraços e beijos.
A guerra contra o coronavírus impõe também sacrifícios afetivos.
Nós, como a maioria dos italianos, já estamos há vários dias isolados dentro de casa.
Saímos só o estritamente necessário, para comprar alimentos ou coisas de primeira necessidade.
Impossível não ficar preocupados com estes números de contágio que ainda não param de subir.
Ninguém está livre de adoecer, pois o vírus não conhece fronteiras e nenhum de nós em todo esse vasto mundo tem imunidade contra ele.
Além disso, não e possível prever quando estará disponível uma vacina ou
medicamentos eficazes contra o Covid-19.
A única esperança é de que as medidas de restrição da nossa liberdade de ir e vir possam ter o efeito esperado.
Agora, com as novas medidas, as pessoas só devem sair de casa por motivos sérios, como o trabalho (naqueles setores públicos e privados que não podem parar), para dar assistência familiar a doentes, fazer compras de produtos indispensáveis como alimentos, produtos de limpeza, higiene e remédios.
Por força dos dois decretos anteriores já estavam fechados todos os teatros, cinemas, museus, academias de ginástica, feiras de alimentos, etc, inclusive os famosos “mercati rionali” (feiras dos bairros), onde se vende de tudo um pouco.
As missas estão suspensas há vários dias. As igrejas permanecem abertas, mas quem entra nelas para rezar precisa respeitar a distância de segurança de no mínimo um metro de um ser humano ao outro.
Até os funerais devem acontecer em privado, com número mínimo de presenças, sempre respeitando a distância, sem abraços e beijos.
Quando uma pessoa adoece e morre por causa do Covid-19, os familiares não podem ter nenhum contato com os próprios caros, nem no hospital nem depois, por ser uma doença infecciosa. E esse é um dos aspectos mais tristes, pois não podem sequer confortar ou se despedir dos que amam.
Em algumas cidades, como Bergamo, que hoje é o epicentro da epidemia no norte, está sendo traumático para as famílias a fila de espera para sepultamento ou cremação. Em Bergamo, na semana passada, morreram cerca de 50 pessoas por dia, com o coronavírus que agravou outras doenças de que já padeciam, ou por causa exclusiva do coronavírus
Viver tudo isso na mais absoluta solidão era imaginável até outro dia, principalmente em um país como a Itália, que vive com grande intensidade os rituais da vida e da morte.
Todas as escolas, conservatórios e universidades estão fechados até 4 de abril.
Por enquanto, pois é bastante provável que tenham que prorrogar o fechamento.
Até mesmo na China as escolas ainda não reabriram.
Sinal de que o risco de reincidência do contágio é um receio dos cientistas, médicos e do governo chinês.
Com essas novas medidas rigorosas o governo italiano, assessorado por cientistas e respeitados nomes da saúde pública italiana e da OMS, espera reduzir nos próximos 15 dias a curva de crescimento do contágio.
Certamente não se chegou ainda ao pico dessa curva, todos advertem.
Nos próximos dias é previsto um aumento substancial do número de contagiados, pois as medidas restritivas ainda vão demorar um pouco para gerar os resultados esperados.
Ninguém tem certeza do tempo que vai ser necessário, mas a hipótese é de que, ao se atingir o clímax, o contágio começaria lentamente a cair, como acontece agora na China, e aconteceu no passado com outras epidemias e pandemias.
Esse vírus é muito pouco conhecido pelos cientistas. Não se sabe ainda com relativa precisão o seu “modus operandi.”
E o pior é que é mutante, como todo vírus. A sensação absurda hoje é de vivermos todos como personagens de um filme de ficção científica…
Impressionante pensar que não podemos sair de casa livremente, e que encontrar outro ser humano representa sempre um risco.
Na situação mais grave vivida desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o grande inimigo está na respiração do outro.
É visível como as pessoas que se encontram nas filas dos supermercados, munidas de máscaras (se conseguiram comprar ou confeccionar uma), se olham de soslaio, até com um pouco de vergonha do medo que sentem umas das outras. A ordem que se lê nos olhares é: mantenha distância. Todos querem se livrar das gotinhas de saliva que podem ser “habitadas” pelo temível vírus SARS COV-2, que causa a doença batizada pela comunidade científica com um nome imponente: Covid 19.
Só nos resta esperar que esse pesadelo passe.
Espero com todo o coração que o vírus não se expanda, como já anunciando, no nosso Brasil, na Nuestra América, e em outros países do mundo onde ainda não chegou.
Temo muito pelo que pode acontecer no Brasil, se o coronavírus se tornar uma grande emergência nessa era de brutalidade do desgoverno, que fez cortes enormes no nosso SUS e desmantelou o excelente programa Mais Médicos.
Agora, médicos cubanos (e venezuelanos), que forem descartados sem nenhum respeito apesar do excelente trabalho que faziam nos grotões do Brasil, socorrendo os últimos, já se aprestam a vir em socorro da Itália nessa dolorosa emergência.
Me angustio só de pensar no já tão espoliado e sofrido continente africano. Ali o coronavírus provocaria uma tragédia inimaginável.
Estou rezando a toda hora…
Segura, coração!
Dados da Itália hoje:
Os números são divulgados todos os dias durante entrevista coletiva do comissário para a emergência do Serviço Nacional da Proteção Civil.
DADOS DE 18 horas de 16 de Março
27980 casos no total
23.073 casos com teste positivos,
destes 2151 (mortos), 2749 (curados)
Dos 23.073 com teste positivo
10197 estão em isolamento domiciliar
11025 estão internados com sintomas
1851 em terapia intensiva (UTI)
Contei um pouco do que vi, ouvi e aprendi estes dias, a duras penas…
Uma espécie de carta reportagem… coisa de jornalista.
Muita gente estava mandando mensagens e me perguntado o que está acontecendo. Todo mundo assustado.
Talvez o que escrevi possa ser útil e ajudar em alguma coisa.
Fontes italianas sobre o coronavírus:
https://www.google.it/amp/s/www.ilfattoquotidiano.it/2020/03/15/coronavirus-papa-francesco-va-in-due-chiese-simboliche-del-centro-di-roma-per-invocare-la-fine-della-pandemia-il-significato-simbolico-e-i-precedenti/5737669/amp/
https://m.ilgiornale.it/news/☝cronache/coronavirus-linfermiera-crollata-fine-turno-state-casa-1838809.html
https://m.huffingtonpost.it/entry/lappello-dellinfermiera-in-prima-linea-a-☝milano-state-a-casa-fatelo-per-noi-e-per-voi_it_5e66238ac5b68d61645748c4
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6 respostas
Parabéns, belíssimo depoimento! Estou em Portugal e muito assustada com a situação mundial. Somos frutos do meio que vivemos…bozonaro chegou ao poder e é espantoso como continuam a defendê-lo entusiasticamente.., guedes (faço questão de utilizar minúsculas) cobra rapidez ainda para novas reformas, estrangulando o que não t eu m mais ar! E o moro defendendo o inimaginável… Acredito que dias melhores virão, sempre, sou educadora e nasci em 63… Boa noite e todos! Tchau!
Estamos todos e todas assustados/as. É preciso manter a calma, seguir as orientações médicas e sermos solidários/as e responsáveis. O mundo será diferente depois dessa pandemia. Lutemos para que sejamos todos e todas mais solidários/as e responsáveis, com as pessoas, os animais e o meio ambiente.
Avante Bolsonaro,Chega de corruptos ladrões do dinheiro público,com certeza vamos vencer essa batalha!
Muito importante o seu depoimento. Tenho duas filhas. Meu marido é Técnico de Enfermagem. Particularmente eu estou muito assustado e com medo.
Triste isso tudo… o Vírus-Chinês que por ‘diplomacia’ nem podemos chamar assim, agora encontram seus ‘culpados’.
Pelo visto “Tremp”, teria que mudar todo o sistema capitalista/trabalhista para prever licenças médias remuneráveis.
Bolsonaro, comete ‘crime’ em Negativo-COV19 por cumprimentar pessoas… e aí se vão os ‘Culpados’.
E chamar de Virus-Chinês? Nascido dentro do coração comunista? hum… nem pensar!!
Deus nos ajude, a primeiro tomarmos consciência da gravidade, depois de inteligência para o enfrentamento… e também seus milagres!
Muito importante essas informações, esclarece e nos faz compreender melhor todas as medidas tomadas pelo governo. Estamos temerosos, assustados, mas acredito que vamos superar esse momento. Cada cidadão deve fazer sua parte, mostrar que somos humanos e capazes de respeirar e se importar com nosso próximo. Acredito que seremos melhores depois disso.
“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.”
Albert Schweit