Em Lisboa, durante a votação na Faculdade de Direito, um homem vestindo verde e amarelo furou a fila e tentou votar duas vezes. Na tentativa de fraude, a urna da seção 541 foi impugnada, resultando na perda de 59 votos que já estavam registrados. Após o crime eleitoral, os brasileiros dessa seção passaram a depositar seus votos de forma impressa em uma urna de lona. Os 59 eleitores que tiveram seus votos invalidados têm direito de votar novamente.
Por Raquel Tiemi
A Polícia Federal abriu um boletim de ocorrência já no local de votação. O eleitor cometeu um delito previsto no Código Eleitoral: “votar ou tentar votar mais de uma vez no lugar de outrem, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão”. Porém, apesar do ato ser identificado como crime no Brasil, por ter acontecido em território estrangeiro, o apoiador de Jair Bolsonaro (PL), não pode ser preso pela polícia portuguesa.
As eleições gerais em Lisboa começaram com duas urnas eletrônicas defeituosas cujas seções tiveram que aderir ao voto impresso. Depois do crime cometido pelo bolsonarista, os eleitores de três das 58 seções terão que depositar suas escolhas em cédulas de papel. Além disso, o número de fiscais e seguranças foi reforçado para prevenir novas tentativas de fraude na votação.
Votação em Lisboa
No exterior, Portugal concentra o maior número de brasileiros aptos a votar, com mais de 80 mil eleitores. A capital portuguesa possui apenas um local de votação, a Faculdade de Direito de Lisboa.
Durante a manhã deste domingo (02), já foram registrados casos de tumulto e desorganização na votação em Lisboa, causando a frustração de muitos brasileiros. Em média, o tempo de espera em filas de seções eleitorais já bate 1h30.
Uma resposta
impugnada…e nao impregnada.