A primeira vereadora negra eleita na história de Joinville, Santa Catarina, Ana Lúcia Martins, do Partido dos Trabalhadores, está recebendo ameaças de morte e ofensas racistas. O mesmo acontece com a também primeira vereadora negra eleita em Curitiba, Paraná, Carol Dartora, também do PT. Outra parlamentar recém-eleita, a primeira de seu grupo identitário e com a maior votação da Câmara de Belo Horizonte, a mulher trans Duda Salabert, do PDT, é outra sob risco de ser assassinada, e pior: com junto a crianças negras de uma escola na capital mineira. Em Niterói, Rio de Janeiro, a ameaçada é trans e negra: Benny Briolly, do Psol.
O fascismo, contudo, não se resume a partidos de esquerda e centro esquerda. A primeira negra eleita prefeita da cidade de Bauru, estado de São Paulo, Suéllen Rosim, do Patriota, também vem recebendo ofensas racistas e ameaças de morte pela internet. Isso tudo ocorre ao mesmo tempo em que a execução da vereadora negra e bissexual Marielle Franco, do Psol do Rio de Janeiro, e seu motorista, Anderson Gomes, completa MIL dias sem a identificação dos mandantes e nem o esclarecimento dos motivos, sendo inclusive citada na ameaça de morte a Benny Briolly.
É fundamental que o governo assegure a segurança de todas as representantes políticas do Brasil quando temos votações inéditas por todo país de mulheres negras como as petistas Dandara Tomazini, a mais votada para a câmara de Uberlândia, Minas Gerais, e Edna Sampaio, na direitista capital do agronegócio no Centro Oeste, Cuiabá e pessoas trans e travestis como Erika Hilton (Psol) e Tammy Miranda (PL) em São Paulo, Linda Brasil, Psol, em Aracajú, Sergipe (também recordista de votos) e Thabatta Pimenta (PROS), em Carnaúba do Norte, RN.
Ajude a pressionar as autoridades locais para que garantam proteção para Ana Lúcia Martins.
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Precisamos mostrar que somos muitas pessoas de olho no que está acontecendo e cobrando as autoridades!
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