Amazonas tem duas pontes desabadas na BR-319 em 10 dias

No sábado (08), outro trecho da BR-319 desmoronou e comprometeu ainda mais o transporte terrestre no Amazonas e Roraima

Na noite deste sábado (08), uma ponte de 174 metros desmoronou na altura do km 25 da BR-319 no Amazonas. Esse é o segundo desabamento na rodovia em menos de duas semanas. Na manhã do dia 28 de setembro, outra ponte ruiu perto do km 23 da BR-319 enquanto veículos passavam. Foram confirmadas quatro mortes, 14 feridos e um desaparecido. No desmoronamento mais recente, não há registros de feridos.

Por Raquel Tiemi

A rodovia precária é um dos principais meios de transporte terrestre dos estados do Amazonas e de Roraima para o resto do eixo norte do país. Com a interdição da BR-319, a locomoção e o abastecimento da população dessas regiões ficaram comprometidos. O presidente da Associação de Amigos e Defensores da BR-319 ainda ressalta o encarecimento dos produtos com o aumento do tempo de transporte. 

O governo do Amazonas declara que mais de 100 mil pessoas são afetadas por esses desabamentos na rodovia e cidades podem ficar sem energia elétrica. Três cidades do estado já decretaram situação de emergência: Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Manaquiri. 

Os motoristas e caminhoneiros buscam outras alternativas para o transporte terrestre, como o fluvial, mas são impedidos pela seca dos rios.

Ação das autoridades no Amazonas

Em coletiva de imprensa nesta manhã (10), o governador do Amazonas, Wilson Lima, disse ter conversado com o ministro de Infraestrutura, Marcelo Sampaio, sobre providências a serem adotadas. “Hoje, inclusive, eu tenho uma reunião em Brasília com o ministro e com a equipe dele para colocar o Estado do Amazonas à disposição daquilo que for necessário”, informou o governador. 

Acerca do transporte fluvial, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) emitiu uma autorização emergencial para viabilizar a operação de balsas nas travessias desses pontos da rodovia federal. Assim, de acordo com o Ministério da Infraestrutura, uma empresa, que não foi identificada, operará o transporte no trecho do Rio Curuçá de pessoas e cargas. A previsão é de que, dentro de cinco dias, se iniciem as operações fluviais no trecho interditado sobre o rio, retomando a ligação da rodovia.

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