do Brasil de Fato | Curitiba (PR)
O dólar encerrou a sexta-feira (9) cotado a R$ 4,87, atingindo sua cotação mais baixa em um ano. Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a cotação do dólar já caiu mais de 9% e consolidou-se abaixo dos R$ 5, em meio a uma onda de notícias positivas na economia.
Em maio de 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a cotação do dólar chegou a R$ 5,90.
Também na sexta-feira, a cotação do Ibovespa, principal índice do mercado de ações do país, superou os 117 mil pontos, o maior nível desde outubro do ano passado.
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Na quarta-feira (7), foi divulgada a inflação do mês de maio: 0,23%, 0,1 ponto percentual mais baixa do que os bancos previam.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,9% nos três primeiros meses do ano na comparação com os três meses do ano passado. O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início deste mês e superou as expectativas dos analistas de mercado.
Bancos erram
Esses mesmo analistas, aliás, têm errado previsões para a economia do país desde que Lula assumiu o governo. Para Pedro Faria, economista e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), isso não é por acaso.
Segundo ele, existe uma predisposição ideológica contra governos de esquerda por parte dos economistas ligados a bancos. Por conta disso, eles acabam apostando em crescimento menor e inflação maior.
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“O mercado depende muito da confiança no governo [para fazer suas previsões] e subestima as estatísticas”, criticou Faria. “Eles acham que um governo de esquerda vai errar em suas decisões e isso vai impactar na economia. Não é bem assim que as coisas funcionam.”
O pesquisador acredita que bancos terão de rever novas previsões nos próximos meses por excesso de pessimismo em relação a Lula. Ele acredita que medidas que o governo já tomou farão a economia crescer mais nos próximos meses, gerando emprego e renda
Desemprego
Em abril, o Brasil gerou 180 mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged). De janeiro a abril deste, foram gerados 705 mil postos de trabalho. No mesmo período do ano passado, haviam sido 825 mil.
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Segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre encerrado em abril. Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015.
Edição: Thalita Pires